850 Mil no regresso da Red Bull Air Race Porto

03/09/2017

Tinha tudo para ser um sucesso este regresso ao Porto e Gaia da Red Bull Air Race e o evento ‘devolveu’ tudo o que se tinha ‘investido’ e com juros, já que a juntar a um fim de semana magnífico, o espetáculo ‘juntou-se à festa’.

Os portugueses receberam de braços bem abertos este regresso, comprovando como a Red Bull Air Race continua a seduzir não só os adeptos da aviação desportiva, mas essencialmente os simples curiosos. Os pilotos que tinham competido no Porto entre 2007 e 2009, recordavam-se do ambiente fantástico que acompanhava a corrida, pelo que ficaram muito satisfeitos por ter novamente a possibilidade de voar sobre um cenário que é fantástico as todos os níveis sendo este um ‘cartaz’ para uma cidade que está na moda.

Basicamente, o que menos interessou foi a competição, mas ainda assim houve grandes acrobacias nos céus do Porto e com a luta pelo campeonato ao rubro, os pilotos não se pouparam. Foram rondas de enorme emoção e indefinição. Kirby Chambliss era um dos principais favoritos, mas sofreu uma penalização de dois segundos na Final 4 e ficou assim arredado de conquistar a sua terceira vitória consecutiva. Se não tivesse cometido esse erro, teria ganho (1:09.141). Aproveitou Sonka com o piloto checo a tirar’ Chambliss da liderança do campeonato com o tempo de 1:07.229. Lidera agora o campeonato com 54 pontos, mais quatro que Pete McLeod, com Kirby Chambliss a cair para terceiro (47), quando ficam a faltar duas corridas para o final: Lausitz, Alemanha, e Indianápolis, EUA: “Foi um bom resultado. Era uma corrida chave. Nas últimas somei penalizações e estava na altura de correr bem de novo. Não podia estar mais feliz e sabe bem estar na liderança”, disse Martin Sonka.

Em segundo lugar ficou Pete McLeod (1:07.342). O canadiano esteve muito forte durante o fim de semana e foi o mais rápido na qualificação pela quarta vez consecutiva. Mas, mais uma vez, não conseguiu transformar esse resultado numa vitória, continuando a somar segundos lugares. O australiano Matt Hall (1:08.508) fechou o pódio, algo especial por duas razões: foi precisamente no Porto onde subiu pela primeira vez ao pódio na carreira e porque está a ter uma época abaixo do esperado, depois de duas a lutar pelo título.

Na Challenger Class, Florian Bergér – campeão em título e líder do campeonato – dominou na sexta-feira e sábado, mas acabou por ficar em segundo, batido pelo americano Kevin Coleman (1:19.019), que ontem tinha feito o pior dos tempos na qualificação. Bergér foi apenas 0.177 mais lento que o vencedor. A fechar o pódio ficou a primeira mulher a participar nesta competição, a francesa Mélanie Astles (1:19.756). Valeu a pena este regresso, mas se não teve a oportunidade de ir ao Porto no passado fim de semana, delicie-se com as imagens.