Mais do que aceitar a tão falada questão da possível quebra da coluna de direção, que alegadamente teria cedido porque foi modificada a pedido do brasileiro, isso nunca ficou provado, mas para Newey o sentimento de culpa que sente vai muito para além disso, pois a verdade é que nunca acreditou nessa teoria:
“Eu era um dos responsáveis duma equipa que projetou um carro em que um grande homem morreu. Não importa se a coluna de direção causou o acidente ou não, é impossível fugir do facto de que era uma peça com um mau design, que nunca deveria ter sido permitida no carro. Mas do que eu sinto mais tem a ver com o facto de ter ‘perdido’ a aerodinâmica do carro pois na transição entre a suspensão ativa (de 1993) e o regresso à suspensão normal, projetei um carro que era aerodinamicamente instável, com que Ayrton estava a tentar fazer coisas que o carro não era capaz de fazer. Se sofreu um furo, e simplesmente passou mais rápido num carro aerodinamicamente instável, isso tornaria o carro difícil de controlar, mesmo para ele” escreveu Newey que foi inicialmente culpado da morte de Senna, juntamente com Frank Williams e Patrick Head, sendo todos absolvidos anos depois:
“Sempre me sentirei responsável pela morte de Ayrton, mas não culpado”, disse, que quanto ao Procurador italiano tem uma opinião que faz pensar: “O facto de que o caso de (Roland) Ratzenberger (morreu no mesmo fim de semana de Imola, um dia antes) ter sido tão facilmente varrido para debaixo do tapete fez-me suspeitar que a principal motivação de Passarini (Procurador) era fama e notoriedade pessoal”.
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.