Finalmente Alexey Lukyanuk venceu o Azores Airlines Rallye. Há muito que o piloto russo já tinha feito mais do que suficiente para levar de vencida esta prova, mas por um motivo ou outro, ainda não o tinha conseguido. Um piloto muito querido dos adeptos pela sua forma de pilotar, super espetacular, Desta feita soube ajustar o seu andamento às necessidades e venceu com todo o mérito esta prova.

Já hoje, teve alguns problemas com os travões do seu Ford Fiesta R5, mas manteve a calma e foi levando o carro sem crises até ao fim.

Logicamente que os portugueses gostariam que tivesse sido Ricardo Moura ou Bruno Magalhães a vencer esta prova, mas de certeza que todos estão contentes, pois é mais do que justo este triunfo, depois de tudo o que o russo já fez nesta prova neste e em anos anteriores. Os adeptos portugueses são bons conhecedores dos ralis e premeiam o que pilotos como Lukyanuk fazem pelos ralis.

Ricardo Moura foi segundo, e não se podia pedir muito mais ao piloto açoriano, que, recordamos, se estreou aqui aos comandos de um Skoda Fabia R5. A este nível, mesmo conhecendo como ninguém esta prova, é um handicap grande o desconhecimento do carro e por isso a sua prestação é de grande valor e de elevado nível.

É segundo no rali à geral, vence a prova reservada ao Campeonato de Portugal de Ralis, e recordamos que é a segunda vitória consecutiva, pois triunfou também em Fafe, ainda com o Ford Fiesta R5. Por fim, Moura vence também a prova reservada ao campeonato açoriano.
É um pena se não continuar no CPR, mas ele é que sabe…

Por fim e não menos importante, Bruno Magalhães termina no pódio, ele que tudo fez para poder ir mais longe, desta vez não deu. No triunfo do ano passado era ele que não conhecia o Skoda Fabia R5, e o triunfo na prova catapultou-o para um excelente Europeu de Ralis, numa espécie de David com vários Golias, terminando como vice-campeão Europeu. Este ano, afinações menos conseguidas em alguns momentos, sendo que esta manhã o problema com o diferencial traseiro tirou-lhe todas as hipóteses de fazer mais. A forma como terminou a prova, com os pneus completamente nas lonas, mostra bem o empenho que colocou na sua pilotagem, e por isso, agora só nos resta esperar que consiga disputar todo o Europeu, pois tem muito para dar nos ralis.

A luta entre Chris Ingram e Martin Koci terminou mal para o eslovaco que entrou na última especial a 4.7s de Ingram, mas apesar de ter dito que não ia cometer loucuras para suplantar o seu adversário a verdade é que saiu de estrada no último troço e abandonou o rali. Inglório, mas são mesmo assim os ralis.

Fredrik Åhlin (Škoda Fabia R5) foi quinto classificado, depois de ter andado todo o rali entre o 6º e o 7º lugar.

O húngaro Norbert Herczig (Škoda Fabia R5) foi sexto na frente de Łukasz Habaj (Ford Fiesta R5) com Rhys Yates (Škoda Fabia R5) em oitavo, imediatamente na frente dos dois portugueses que fecharam o top 10, Ricardo Teodósio (Škoda Fabia R5) que faz uam bela operação em termos de campeonato nos Açores, e José Pedro Fontes (Citroën DS3 R5) que cumpriu nos Açores uma prova bem extensa, exatamente o que precisa para readquirir o ritmo que precisa para voltar à forma com que estava o ano passado até ao Rali de Portugal. Sem pontuar no CPR, em vez de pontos, ‘leva’ quilómetros na bagagem.

Na classificação do CPR, o triunfo vai, como já referimos, para Ricardo Moura, com Bruno Magalhães em segundo. O açoriano diz que não segue no CPR daqui para a frente, Bruno Magalhães vai tentar continuar pelo ERC, pelo que o piloto que se segue, Ricardo Teodósio, é quem faz a melhor operação em termos de pontos, se excluirmos daqui para a frente os dois melhores em S. Miguel.
Carlos Vieira fica classificado logo a seguir, seguindo-se Pedro Almeida, Diogo Salvi, Aloísio Monteiro, António Dias e depois os melhores dos 2WD.

Na classificação dos 2WD, venceu Ruben Rodrigues (Peugeot 208 R2), mas o jovem açoriano não conta para os ‘números’ do CPR, pelo que o ‘triunfo’ vai para Rafael Botelho (Citroën DS3 RST), um excelente resultado deste jovem piloto açoriano, que bateu consagrados como Paulo Neto e Gil Antunes.