Este foi um ‘incidente’ de ‘alto perfil’, mas recordemos sucintamente o que tem sido o ‘martírio’ neste Dakar. Alguns auto infligidos, como o de Bryce Menzies, que capotou violentamente logo na segunda etapa, outros ‘azarados’ como o de Yazeed Al-Rajhi e Garafulic/Palmeiro, que bateram de frente no meio do deserto.
Na etapa 3, Mikko Hirvonen perdeu duas horas atascado numa duna, Nani Roma, caiu mal doutra duna, desmaiou e o navegador teve de deitar mão ao volante para capotar propositadamente o Mini. Al-Attiyah e de Villiers perderam tempo nesta etapa com atascanços e furos, o sul-africano deixou ali 1h13m. Na etapa 5, o buggy mini de Yazeed Al-Rajhi teve que ser tirado… do Oceano Pacífico. Distraiu-se, e o carro acabou dentro de água… Sébastien Loeb caiu num buraco entre dunas, demoraram várias horas para o tirar dali, mas o pior foi Daniel Elena, que se aleijou. Terminou ali o Dakar para Loeb. Se calhar, para sempre…
Até que chegou a etapa 7 e ‘foi-se’ Peterhansel. Uma das mais duras edições da história Dakar foi também madrasta para as aspirações de Carlos Sousa no Duster da Renault Sport Argentina com o piloto português a ser obrigado a desistir na ligação para a 8ª etapa, na sequência de uma fuga de óleo no radiador.
Depois surgiu outro caso a ensombrar o Dakar, com Kees Koleen, piloto de quads a queixar-se de ter sido ‘atropelado’ por Carlos Sainz, que foi inicialmente penalizado em dez minutos devido ao incidente, penalização que foi posteriormente retirada quando a Peugeot forneceu novas provas à organização. Outro exemplo, um ‘Sheik’, Al Qassimi teve que ser retirado de um rio por um agricultor e o seu trator.
Isto só para falar de alguns, porque de resto dava para escrever… um livro.