Contudo, e com a necessária mudança para a América do Sul em 2009, o Dakar passou a ser muito diferente. Nos primeiros anos não foi mais do que uma corrida sprint de duas semanas, dura, claro, mas nada demais. Comparando o percurso com África, não tinha nada a ver. Ciente disso a ASO quis mudar um pouco esse paradigma, e na apresentação da prova, o seu diretor desportivo, Marc Coma, disse ao que vinha: “Será o Dakar mais duro que alguma vez teve lugar na América do Sul. É esse o ADN do Dakar, tem que ser uma corrida dura, onde a navegação é importante, a gestão da corrida crucial e tem de ter etapas com muita quilometragem”.
Ainda falta muito, mas Bruno Famin e Glyn Hall, responsáveis máximos da Peugeot e Toyota, respetivamente, têm opiniões semelhantes: “Sabemos bem que esta corrida ainda nos reserva ainda muitas surpresas, como as que irão surgir amanhã. Os problemas encontrados pelo Carlos, Stéphane e Sébastien, que ocupavam na altura as três primeiras posições da geral, estão aí para nos lembrar disso. No Dakar, nunca nada está conquistado” disse Famin, algo que Hall ‘confirma’: “Este Dakar já nos mostrou que vai morder muito mais do que nos anos anteriores. Acho que o Marc Coma se dedicou a elevar o Dakar À sua reputação da corrida mais difícil do planeta”, disse.
José Luís Abreu/AutoSport