Estará próximo o regresso da Alfa Romeo à F1?

05/04/2017

A Fiat Chrysler Automobiles e o CEO da Ferrari Sergio Marchionne querem voltar a ver a Alfa Romeo na Fórmula 1, e desta forma recuperar uma marca icónica. Numa entrevista à revista Auto, da FIA, Sergio Marchionne disse que “tenho em mente voltar a ver a Alfa Romeo na F1, porque acredito que é lá o lugar dela. Não sei como, mas é provável que vá acontecer. Do meu ponto de vista, estarmos a falar disto já é um bom sinal” começou por dizer o homem forte da Ferrari.

Recorde-se que a ligação entre as duas marcas começa ainda antes da fundação da Ferrari. Enzo Ferrari, antes de criar a marca e equipa com o seu próprio nome correu e geriu a Alfa Romeo. Os dois primeiros títulos da F1 foram ganhos pela Alfa Romeo; em 1950 Giuseppe ‘Nino’ Farina venceu com o 158, no ano seguinte foi a vez de Juan Manuel Fangio vencer com o 159, o famoso Alfetta.

Entre os anos 60 e 70 a Alfa Romeo fornecia motores, em 1979 regressou como construtor, mas sem grande sucesso e saiu em 1985. O regresso da marca italiana parece ser uma cruzada pessoal para Marchionne, “é vital! O compromisso que fizemos com a Alfa Romeo é uma das nossas prioridades no nosso plano a cinco anos. Não é segredo que a Alfa foi um dos projetos em que estive mais envolvido, quer a nível operacional quer a nível emocional. Foi uma das mais importantes da minha carreira, não só pelo valor da marca, mas pela oportunidade que representou. Dar uma voz à marca, restaura-la para a posição de lenda é moralmente imperativo”.

Marchionne acrescentou: “Nos anos mais recentes temos dado à marca os melhores recursos, incluindo talento e os nossos melhores conhecimentos. O que fizemos com o Giulia e mais recentemente com o Stelvio é a representação do que é o verdadeiro espírito da Alfa Romeo. O reconhecimento enquanto marca é algo que poucas empresas podem ter, hoje a Alfa está pronta para retomar o seu lugar de destaque”.

Em Maranello já o ano passado se tinha falado na hipótese do regresso da Alfa Romeo, “poderia ser uma incubadora de talentos italianos, existem poucos lugares e nós podíamos criar estes lugares com a Alfa Romeo”. A marca também poderá ser fornecedora de motores, substituindo a Ferrari, mas para já, nada disto é ainda certo. Mas que são muito bons sinais, disso ninguém duvide…

Rodrigo Fernandes/Autosport

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