F1: Brexit pode interferir e equipas estão expectantes

25/11/2018

O Brexit vai trazer várias mudanças à sociedade europeia e não só, o que também pode vir a ter influência na Fórmula 1, ou não estivessem muitas equipas com a sua base operacional lá.

Mercedes, Red Bull, Williams, Renault, McLaren, Force India e Haas são as equipas com a base, ou pelo menos alguma representatividade, no Reino Unido, pelo que a saída do país da União Europeia pode trazer alguns problemas a estas equipas a níveis logísticos, isto numa altura em que se analisa ainda como irá ser feita a entrada e saída de pessoas e mercadorias no território britânico. Toto Wolff, Christian Horner e Cyril Abiteboul falaram sobre o Brexit.

“Estamos a acompanhar de muito perto tudo o que se passa, porque a Mercedes tem uma grande operação no Reino Unido. A nossa divisão de desporto motorizado tem 1800 pessoas, com a grande maioria a ser de pessoas da União Europeia. Também importamos muitos materiais de países da UE e estamos a perceber se existe o risco de eles ficarem parados na fronteira. No geral, não me parece nada positivo e acho que pode por em risco a economia do país”, disse Toto Wolff.

“É uma situação complexa e penso que nas próximas semanas teremos finalmente uma ideia mais clara de tudo o que vai acontecer. Penso que, no final de tudo, a nível económico vai continuar tudo muito parecido, com as pessoas a fazer negócios com o Reino Unido se a competitividade se mantiver. A F1 é algo em que o Reino Unido se tem destacado nos últimos anos”, disse Horner.

“Temos crescido tranquilamente nos anos mais recentes e muito tem sido devido às possibilidades que temos no Reino Unido, tal como pessoas jovens a saírem das universidades e a entrarem no país. Não queremos mudanças a este nível, seria dramático para a F1. Tenho total confiança nas autoridades do país para perceberem o que podem perder com um dos pilares da economia britânica, o desporto motorizado e a Fórmula 1”, disse Abiteboul.