Tendo em conta o grau de desenvolvimento atual da competição onde está António Félix da Costa, e do que se prevê que se desenvolva nos próximos anos, esta competição está em rota de colisão com a F1, pois se a atual disciplina de topo evoluir do híbrido que é agora para totalmente elétrica, os desportos motorizados teriam duas competições de alto nível totalmente concorrentes.
Alejandro Agag, dono da Fórmula E, acusou o toque e já veio a público dizer que não pode ser: “O Ross (Brawn) disse que a F1 pode tornar-se totalmente elétrica em 10 anos, mas eles não podem” começou por dizer, explicando depois. Em primeiro lugar a Liberty Global, empresa irmã da Liberty Media é acionista da Fórmula E, mas há mais: “A Fórmula E tem um contrato de 25 anos com a FIA, e só passaram quatro. Portanto só em 2039, se nós não renovarmos o contrato na altura. Temos exclusividade até 2039, portanto não há F1 elétrica até lá. Mas claro, se quiserem falar comigo, estou sempre aberto a conversar…” disse Alejandro Agag.
Como se percebe, Agag já está a deixar recados a quem de direito. Mas é muito cedo para se falar destas questões e daqui a uns anos já se terá um ideia mais concreta de como pode evoluir a F1, e como irá evoluir a Fórmula E. Das duas uma. Ou Agag enche o peito e vai ter de receber um cheque que se pode tornar mais chorudo a cada ano que passa, ou o tempo acabará por colocar tudo e todos no seu lugar…
Como vai terminar isto não sabemos, e pessoalmente o que sei é que há quatro anos disse que a Fórmula E era uma competição condenada à nascença. Mas se calhar enganei-me…
José Luís Abreu/Autosport