F1: Não foi fácil à Ferrari chegar ao ponto em que está

11/05/2017

A Ferrari deu um enorme salto em competitividade esta época na F1, mas segundo o seu responsável de motores não foi fácil. Luigi Fraboni também revela que ao longo da temporada a unidade de potência do SF70 H vai ser alvo que constante desenvolvimento,

A situação atual da equipa de Maranello é alvo de admiração geral, mas resulta de um trabalhado intenso e meticuloso ao longo do inverno, e é um processo em andamento.E no que toca a motores isso reflete-se não apenas nos resultados em corrida, mas já também em treinos e qualificação, com a obtenção da ‘pole-position’ por parte de Sebastian Vettel na Rússia.

Fraboni não sabe precisar onde a Ferrari registou mais ganhos relativamente à rival Mercedes: “É difícil dizer quem é melhor ou quem é mais lento. Penso que o andamento dos carros é muito semelhante nas últimas corridas, e claro que a avaliação da potência depende da pista em que se está e do carro. Mas pelo que percebemos estamos onde queremos”.

O que terá mudado na equipa italiana para a obtenção de resultados muito melhores do que os de 2016? Para muitos terá sido a atitude, porque Maurizio Arrivabene já lá estava e havia até tensões entre o diretor da equipa e Sebastian Vettel. Mas Fraboni diz que todos são ‘culpados’ e na fábrica a Ferrari não se poupou a esforços. “Foi um trabalho muito duro durante o inverno, porque sabíamos que a abordagem seria fazer as coisas bem e dar o máximo, mas também reconhecíamos que tínhamos de anular alguma da diferença que tínhamos (relativamente à Mercedes). E acho que trabalhamos em todas as áreas”, afirma o técnico italiano.

Nos anos anteriores a Ferrari foi acusada de começar bem mas depois ir perdendo o ‘gás’ ao longo da temporada, enquanto as rivais melhoravam. Mas Luigi Fraboni acredita que este ano será diferente: “Precisamos de trabalhar nos sistemas de recuperação de energia, na fiabilidade e no peso. Por isso todos esses itens estão na nossa lista e fizemos bastante nesse sentido”, garante o responsável de motores da ‘Scuderia’. “Estamos muito contentes com os resultados que alcançamos mas ainda não são os que queremos obter no final, porque ainda desenvolvemos o motor”, afiança Fraboni, a quem a retirada dos ‘token’ do regulamento foi uma boa medida, pois isso permite desenvolver continuamente o propulsor de Maranello e dar o máximo a cada corrida.