No ano passado, ao introduzirem na sua gama pneus bem mais macios, na tentativa de ‘obrigar’ as equipas a fazer pelo menos duas paragens nas boxes, o que acabou por suceder foi que as equipas preferiram gerir o desgaste dos seus pneus, rodando mais lento em pista, de modo a não terem que ir às boxes uma segunda vez.
Houve casos em que isso se tornou impossível, a segunda paragem de Valtteri Bottas neste GP de Abu Dhabi é um perfeito exemplo disto mesmo, mas para o ano a Pirelli pondera ‘assumir’ claramente que os pilotos só vão parar uma vez, e com isso dão-lhes a possibilidade de não se terem que preocupar demasiado com o desgaste dos pneus dos seus monolugares, podendo com isso andar ‘sempre ao ataque’.
Portanto, conservadores, que é igual a uma paragem e pilotos sempre a andar no máximo ou escolhas de pneus ‘agressivas’ e arriscarem-se a que as equipas façam gestão com o andamento dos carros?
O diretor desportivo da Pirelli, Mario Isola, está mais inclinado para escolhas conservadoras, para permitir aos pilotos que andem no máximo que puderem: “A gama está definida, não se pode mudar agora, mas ainda não decidimos o que fazer para o ano. O que vimos este ano foram corridas maioritariamente com uma paragem. Escolhemos pneus cada vez mais macios e as equipas geriam o ritmo, também cada vez mais. Será bom continuarmos com esta forma de atuar? Ou escolhemos misturas mais duras e simplesmente os pilotos podem forçar o máximo? Pessoalmente, penso que é melhor misturas mais duras. Aceitamos que as equipas param só uma vez e permitimos que os pilotos rodem no máximo do que puderem sem terem quer gerir pneus”.
Boa questão, o que escolheria se fosse quem decidia?José Luís Abreu/AutoSport