Mercedes: O mais provável é vencerem os dois títulos novamente, mas se o conseguem com maior ou menor dificuldade, como o ano passado, depende da Ferrari. Para já, é a ‘mesma’ Mercedes de sempre, a olhar para trás. Mas na ‘maratona’, porque nos 100 metros a história pode ser diferente…
Ferrari: Se a Scuderia aprendeu com o que se passou o ano passado, e se estiver numa forma semelhante, é bem provável que leve a luta até mais tarde. Mas ser campeão é outra ‘música’…
Provavelmente, não vai andar longe da Mercedes, em termos de velocidade já se percebeu que não estará pior que os Flechas de Prata, resta saber em corrida…
RedBull: O ano passado a RedBull chegou tarde à ‘festa’, entrou mal no campeonato, e só mais para a frente começou a fazer ‘jogo mais igual’ com a Mercedes e com a Ferrari, mas este ano se não se atrasar de início, pode dar já as mesmas lutas, que deu o ano passado no último terço do Mundial. Provavelmente vai ‘morder mais os calcanhares’ à Ferrari já em Melbourne. Ou os da Mercedes…
Force India: A Force India tem aproveitado bem o adormecimento de estruturas como a Williams, por exemplo (a McLaren do ano passado não podia mesmo, com a Honda ‘atrás), mas este ano, mesmo tirando deste filme a Williams, que parece marcar passo, deverão ser a Renault e a McLaren a disputarem o quarto lugar. Se a Force India o conseguir novamente, será um ‘milagre’ ainda maior que nos dois últimos anos…
Williams: A grande questão da Williams será perceber se o novo carro, consegue colmatar a inexperiência dos seus dois pilotos. Com ValteriBottas colocaríamos a Williams na luta pelo quarto lugar, com Lance Stroll e SergeySirotkin, isso será quase impossível, mas têm a palavra os jovens pilotos… Uma equipa como a Williams ter na sua dupla um piloto com um ano de F1 e um rookie é meio caminho para um ano muito abaixo do que se espera ‘duma’ Williams…
Renault: O tempo necessário para dar a volta ao facto de terem regressado novamente como estrutura oficial apenas em 2016, já terminou e por isso este ano, com uma boa dupla de pilotos, e com um carro que cresce a olhos vistos, a equipa está ‘obrigada’ a lutar pelo quarto lugar dos Construtores. A luta com a Force India e McLaren será fantástica, mas a Renault precisa de melhor a fiabilidade do seu motor. andar já a falar em ‘penalizações’ estratégicas soa bem mal…
Toro-Rosso: Apesar do que se viu nos testes, será agora em Melbourne que a Honda vai ter que abrir a ‘goela’ ao seu motor, e quando isso acontecer, vamos ver se a fiabilidade que mostraram em Barcelona será a mesma. Se for, então a Toro Rosso acertou na mouche e se à fiabilidade, a Honda conseguir mais performance no seu motor, quem se vai ficar a rir é gente em… Milton Keynes.
Haas F1: A equipa norte-americana somou bem mais pontos no seu segundo ano de F1, mas manteve a mesma posição, o oitavo lugar. Este ano, pelo que mostrou nos testes de Barcelona, em que foi a maior surpresa daqueles oito dias, os sinais são bons, mas testes são testes e agora é que vai ser a valer. Seria no mínimo irónico que fizesse a sua melhor época de sempre em termos de performance, e não conseguisse melhorar a classificação. Dificilmente fará melhor que a McLaren, mas pode fazer melhor que a Toro Rosso. E fica novamente em oitavo…
McLaren: Da McLaren todos esperam que lute este ano pelo quarto lugar com a Renault e Force India, mas tendo em conta o que se viu em Barcelona, com a fraca fiabilidade, há que perceber o que se vai passar nas primeiras corridas. Se o chassis for tão bom como o do ano passado, o motor é de certeza, resta saber se ‘encaixam’ bem…
Alfa Romeo Sauber: O melhor que aconteceu à Sauber é a nova ligação à Alfa Romeo, pois significa que vai ter bem melhor material do que teve nos últimos anos, mas se isso vai ser suficiente para subir na tabela isso já é outra história, pois pelo que se viu até aqui, nada disso vai acontecer. Charles Leclerc é um caso a seguir, mas é apenas para já um rookie…
Albert Park, em Melbourne, marca a partir da próxima madrugada o início do Mundial de Fórmula 1 de 2018, o primeiro de 21 Grandes Prémios que compõem esta temporada.
Depois de nos oito dias de testes de pré-época- sete para ser mais preciso – se ter visto muita ‘areia para os olhos’, é a partir da próxima madrugada que os trunfos se vão jogar. As equipas levaram para Melbourne todos os mais recentes updates aos carros, e por tudo isso a ‘ordem’ não é para já clara.
Nem o será no final da primeira ou segunda sessões de treinos livres, na terceira já será mais fidedigna, essa ‘ordem’, pois as equipas já acertaram os seus carros e todos rodarão nessa altura o mais perto possível da ‘verdade’. Por fim, na qualificação é que se vai saber quem é rápido, ou não. Depois, a corrida de domingo de Albert Park vai explicar um pouco mais, se bem que nem depois disso haverá certezas, porque Melbourne é diferente de tudo o resto. Mas já haverá uma ideia bem formada…
A Mercedes tem sido a força dominante desde 2014, quando começou a era turbo híbrida, e desde aí tem vencido todos os títulos, quatro ‘mais’ quatro, pilotos e construtores, algo que na história da F1 só a McLaren, Ferrari e Red Bull conseguiram. Se repetirem o feito, passam a ser apenas dois, pois só a Ferrari conseguiu cinco títulos seguidos.
Como estão as equipas
Lewis Hamilton é considerado o principal favorito em Melbourne e há boas razões para isso. Na suas 11 tentativas, fez a pole 6 vezes. A Mercedes fez quatro poles seguidas em Melbourne, e venceu três das últimas quatro corridas. Mas foi a Ferrari, por intermédio de Sebastian Vettel que venceu o ano passado…
Quanto à Red Bull, nem Max Verstappen ou Daniel Ricciardo terminaram no pódio em Melbourne, sendo 5º e 4º os seus melhores resultados.
Para lá das ‘três grandes’ nenhuma outra equipa tem condições para vencer, exceção feita a uma corrida caótica e cheia de incidentes. O que também não seria demasiado estranho em Melbourne…