GP Espanha F1: Motor Honda dura… uma volta!

12/05/2017

É notável a paciência que a McLaren tem tido, e pelos vistos vai continuar a ter com a Honda. Desta vez, Fernando Alonso nem passou da volta de lançamento do primeiro treino livre do GP de Espanha de Fórmula 1, com mais uma falha na unidade motriz. Agora, dependendo das partes da unidade motriz que ficaram afetadas, se não todas, o espanhol vai para os seus quarto e último ICE e MGU-K.

Se Stoffel Vandoorne já está “à espera” de penalizações, Alonso fica agora muito perto. no meio de toda esta confusão, e apesar da muita especulação sobre o regresso dos motores Mercedes à McLaren, Zak Brown já veio a público confirmar que tal não acontecerá. “Não vai existir Mercedes na traseira do nosso monolugar. Obviamente que os resultados até agora são frustrantes, mas estamos a trabalhar para recuperar. A equipa está toda empenhada e será ainda mais ‘doce’ quando ganharmos”, disse Brown. A McLaren está a ter o pior período da sua história, mas isto não afeta a confiança de Zak Brown: “Temos o que é preciso para ser uma equipa vencedora de um Campeonato do Mundo de F1”.

Já do lado da Honda, os japoneses consideram que não há erro algum no conceito dos seus motores de 2017, apesar dos problemas de fiabilidade denotados pelos propulsores japoneses nos primeiros grandes prémios de F1. Yusuke Hasegawa ‘defende a sua dama’. A McLaren ainda não conseguiu pontuar este ano, e a crise de resultados adensa-se. Mas o responsável pelo envolvimento da Honda na F1 está ciente de que a marca está a traçar o caminho certo e que o conceito é correto. “Não acho que tenhamos cometido um erro completo. Pela performance do ano passado sabíamos que tínhamos de mudar tudo, não apenas o conjunto mas também a parte da combustão, por isso tentamos modificar toda essa área”, afirma Hasegawa.

“Em algumas áreas conseguimos ser bem-sucedidos, reduzindo o peso e baixando o centro de gravidade, mas, em definitivo, não conseguimos retirar potência suficiente da combustão. Por isso, sim, é apenas uma desculpa, mas ainda precisamos de tempo. Mas não considero que tenhamos cometido um erro”, defende Yusuke Hasegawa. O técnico japonês espeta que o potencial do motor de 2017 da Honda consiga melhorar o seu desempenho para o final do ano, porque considera que o conceito base é correto.

Hasegawa também desmente que estes fracassos poderão levar a Honda a deixar a F1: “Parar a nossa atividade na Fórmula 1 causaria muito dano em termos de tecnologia, por isso temos de manter este envolvimento durante muito tempo. De momento estamos muito empenhados neste programa”.