Com a Ferrari a sentir dificuldades com a utilização dos novos pneumáticos, rapidamente surgiram teorias que apontavam que a companhia italiana tinha disponibilizado os novos pneus para ajudar a Mercedes, que subitamente, tinha encontrado o caminho das pedras, dominando o fim-de-semana espanhol.
Mario Isola, o responsável pelo projecto de Fórmula 1, negou qualquer favorecimento à equipa de Brackley. “Nunca faríamos nada desse género. Trabalhamos com todos os construtores de topo, para além de todos os que estão na Fórmula 1, portanto, por que motivo daríamos vantagem a um?”, questionou o transalpino.
Isola foi mais longe, apontando que a modificação na espessura da superfície de rolamento, que foi reduzida em 0,4 milímetros, não teve impacto no equilíbrio competitivo do plantel, enfatizando que a subida de forma da Mercedes e a descida da Ferrari não se deveu a esta alteração. “Não creio que a ligeira modificação na profundidade da banda de rolamento tenha alterado o equilíbrio de performance entre os diversos carros”, garantiu o italiano.
O responsável da Pirelli considera que, sem os novos pneus, o Grande Prémio de Espanha teria sido um exercício de sorte. “Se temos um elevado nível de criação de bolhas nos pneus a afetar todos ou quase todos os carros, temos uma lotaria e não uma corrida. Não é a abordagem correta e, como único fornecedor, temos de fornecer a todos o mesmo produto, seguro, apropriado para o circuito, etc…”, sublinhou Isola.
Os pneus usados em Barcelona, com uma banda de rolamento mais baixa, voltarão a ser usados no Grande Prémio de França, sendo o fim de semana de Paul Ricard preponderante para verificar se existe uma tendência, até por que voltarão a entrar ao serviço em Silverstone, onde se realiza o Grande Prémio da Grã-Bretanha.
