Memória: Tyrrell Racing Organization, a oficina do Tio Ken

01/12/2016

Foi piloto aviador durante a II Grande Guerra e fez fortuna como negociante de madeira após o final do conflito. Por graça comprou um monolugar F3 de 500cc e começou a competir, rodando quase sempre na frente, tendo em 1958 corrido para Henry Taylor com um Cooper na F2. Ken Tyrrell viria em 1960 a criar os alicerces para uma das equipas mais famosas e saudosas da Fórmula 1. A Tyrrell Racing Organisation começou por preparar Cooper para a Formula Júnior, mas foi em 1964 que a história passou do rascunho para os livros. Ao precisar de um piloto para a nova Fórmula 3, contratou um jovem escocês de nome Jackie Stewart que prontamente ganhou o campeonato e ingressou
com a BRM na F1. A ligação com Stewart não terminaria e em 1968, Tyrrell entra na categoria máxima com o nome de Equipe Matra International, onde o escocês alcança bons resultados, tendo em 1969 conquistado o título de pilotos. O resto é história. Depois de construir secretamente o seu primeiro chassis, o “Tio Ken” como era conhecido, alcançou logo em 1971, já sob o nome de Tyrrell Racing Organisation, o Campeonato do Mundo através, é claro, de Stewart. No total da sua história, a Tyrrell ganhou 23 corridas e foi duas vezes vice-campeã de construtores. Pela sua equipa passaram nomes como François Cevert, Jody Scheckter, Ronnie Peterson, Martin Brundle, Michele Alboreto e Jean Alesi. Mas a equipa mais familiar da Fórmula 1, onde Bob e Ken eram os orquestradores, não aguentou o andamento cada vez mais dependente dos dólares que entravam no cofre. No final de 1998 acabou por fechar as portas uma das equipas mais queridas na Fórmula 1.

José Luís Abreu/Autosport