Precauções a ter com um veículo elétrico

23/05/2018

A pouco e pouco os modelos elétricos ganham o seu espaço no mercado automóvel, tendência a que Portugal não foge. Hoje olhamos para estes veículos como os pioneiros daquilo que será a norma no futuro. Porém, como em tudo, a vanguarda muitas vezes não encontra uma sociedade devidamente estruturada para a acompanhar. Isso é algo que hoje acontece com os veículos elétricos. Deixamos, por isso, alguns procedimentos a ter em conta:

Autonomia: é um ponto-chave a ter em conta. Se a autonomia disponível não nos garante uma viagem de ida e volta sem precisarmos de carregar as baterias no local de destino, devemos ponderar e preparar bem a viagem. Isto porque podemos correr o risco de à chegada não termos os postos de carregamento disponíveis, seja porque estão ocupados, avariados, ou reservados;

Percurso alternativo mais caro: pode até acontecer termos a bateria totalmente carregada, que nos indica um determinado número de quilómetros e que são inferiores aos que pretendemos fazer. Mas, quando colocamos o destino no GPS o carro avisa-nos que não tem bateria suficiente para realizar na integra o percurso e sugere-nos postos de carregamento para pararmos a meio. Esta é uma situação delicada, principalmente se tivermos horas específicas para chegar a um destino. Nesse caso, pode acontecer sermos obrigados a seguir o percurso sugerido que, embora mais curto e que nos permite fazer a viagem sem paragens, pode ser mais dispendioso, ao requerer a passagem por portagens;

Preparar a viagem: quando estamos ao volante de um modelo elétrico, temos que ter plena consciência que a disponibilidade de postos de carregamento é muito inferior à dos postos de abastecimento dos veículos convencionais. Esta questão obriga-nos a pensar as viagens. Convém, por isso, fazer uma pesquisa prévia para saber se há postos de carregamento no local para onde vamos, onde se situam e que quantidade há. É também importante percebermos se os mesmos estão em funcionamento ou avariados, o que acontece. Para tal, a aplicação “electromaps” é uma boa opção, já que presta esse serviço, informando-nos sobre os postos de carregamento: onde se localizam; se estão em funcionamento ou avariados; a ser utilizados ou ocupados; que tipo de tomadas têm; que tipo de carga;

Esperar para carregar: pode acontecer-nos deslocarmo-nos a um posto de carregamento e este estar ocupado, facto que nos leva, quase de modo irrefletido, a procurar outro, em que corremos o mesmo risco. Algo que nos pode fazer andar a palmilhar ‘perdidos’, ininterruptamente, à procura de um posto de carregamento vago. Esta situação, por exemplo, numa cidade como Lisboa, pode ser recorrente, fruto de uma oferta ainda parca em postos de carregamento face ao número de veículos que já é possível ver circular pela cidade. No entanto, se chegarmos a um posto de carregamento em autoestrada, por exemplo, e alguém tenha acabado de colocar o seu veículo a carregar num posto de carregamento rápido, por vezes é mais sensato e uma melhor opção aguardarmos que ele carregue o seu veículo em 20/30 minutos, e depois nós o nosso (caso não haja disponibilidade para ambos), do que seguirmos viagem sofregamente em busca de um novo, que pode também não se encontrar disponível;

Carregamento doméstico: um conselho é certificarmo-nos de qual é a potência da nossa casa, a fim de não sermos surpreendidos com um carregamento bem mais moroso que o esperado. As marcas, quando indicam os tempos que em média podem demorar os carregamentos domésticos, apresentam também a potência a que têm de ser feitos. Se a de nossa casa for inferior, é importante percebermos quanto tempo poderá levar;

Autor: André Duarte

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