Rali da Suécia: Vencedor incerto, mas Toyota favorita

12/02/2018

A segunda ronda do WRC de 2018 é o Rali da Suécia (15 a 18 de fevereiro), que será, principalmente, na província de Varmland, apesar de algumas passagens pela vizinha Noruega. O rali começa em Karlstad, a capital de Varmland, mas a maioria da prova é mais a norte, garantindo condições mais invernais.

Estão inscritos quase mais 50% de pilotos que o ano passado. Em 2017, foram 41 as equipas presentes, mas este ano são 67. Estão inscritos 15 WRC com as regras de 2017, 12 para as equipas oficiais, e três para Yazeed Al Rajhi, Lorenzo Bertelli (que, entretanto, já confirmou que não vai estar presente) e Henning Solberg.

Um dos grandes motivos para o crescimento da lista de inscritos são os 14 carros inscritos no Junior World Rally Championship, que compensam os dois inscritos no WRC3. Temos também quatro Mitsubishi Mirage R5, carros que correm com as regras do campeonato nacional e não estão elegíveis a conseguir pontos dos campeonatos FIA. Este ano, muitos inscritos entre os R5, principalmente privados e com muitos pilotos locais. Johan Kristoffersson, campeão de 2017 do World RX, também vai estar presente, depois de uma inscrição tardia aprovada pela FIA. Kristoffersson vai pilotar um Skoda Fabia R5, que será apoiado pela Even Management. O seu colega na Volkswagen no rallycross, Petter Solberg, também vai participar no evento, mas na categoria de clássicos, com um histórico Escort Mark II.

É difícil prever o vencedor, mas a Toyota parece ter alguma vantagem, além de terem ganho em 2017. As regras do campeonato permitem que cada equipa faça um determinado número de testes na Europa, mas podem testar os dias que pretenderem na sua base. A área que a Toyota registou como base é uma área de 50 quilómetros perto da cidade de Jyvaskyla na Finlândia, que, neste momento, tem condições muito similares às que vão ser encontradas na Suécia. Já se passaram 21 anos desde o último sueco a vencer o rali, e não deverá ser ainda este ano que tal acontece, uma vez que Pontus Tidemand, em Fabia R5, é o piloto local de quem se esperam melhores resultados.

Apesar de Monte Carlo ser catalogado, tal como a Suécia, como rali de inverno, a realidade dos dois ralis não poderia ser mais diferente. Monte Carlo é em asfalto e a Suécia em terra. Além disso, têm regras de pneus diferentes. Na Suécia, temos os pneus mais finos do campeonato, o que apesar da neve e gelo, faz com que o Rali da Suécia tenha sido o terceiro mais rápido em 2017 no WRC. Este ano, a especial de Knon não está incluída, depois de, no ano passado, ter sido vencida com uma média de 125 km/h na primeira passagem, nem tendo sido corrida na segunda passagem devido à alta velocidade em que se fez. Esta é uma das poucas diferenças no programa deste ano. Os pregos nos pneus são obrigatórios, o que torna deste rali o mais fácil a este nível do WRC.

Apesar de ainda não se poder confirmar a 100%, é esperado que esta edição seja totalmente nevada. As estradas foram preparadas com este objetivo, mas as temperaturas devem subir na semana do rali.

Martin Holmes