“Penso que há uma grande vontade de trabalhar em conjunto para fazer este desporto avançar. Penso que atualmente há muita ansiedade, porque as equipas não sabem bem o que esperar, mas mesmo assim apoiam bastante o que fazemos”, afirma Brawn. O diretor desportivo da F1 afirma que a modalidade tem de repensar um pouco o seu paradigma e que a FIA, as equipas e os construtores têm de perceber o que fazer. “Penso que a F1 está um pouco numa encruzilhada, porque o mundo automóvel vai numa direção diferente – carros elétricos, carros com pilha de combustível, condução autónoma – e isso não é a Fórmula 1”, considera o britânico.
“Como vamos encontrar um caminho relevante para o futuro? Precisamos de alienar os fãs, porque se não os tivermos a ver este desporto então não temos nada”, defende Ross Brawn, que considera ser importante ter um equilíbrio entre o desafio técnico, que a F1 tem de continuar a ter, “mas não exagerar nisso a um ponto em que se torna numa distração das corridas. Mas é preciso dizer que a atitude das equipas tem sido muito positiva e com a FIA estamos a trabalhar bastante para encontrar boas soluções para o futuro”.
Nuno Barreto Costa