Pelo menos não se mexe muito, como é o caso da Hilux Tracker que continua a ser uma referência entre o que denominamos de pick-up, ou de carro para todo o serviço. Uma nova plataforma e motor é mais larga que a sua irmã anterior, tem melhor equipamento e um desenho exterior e interior completamente novo, mas com traços que nos são familiares da Toyota Hilux.
A robustez foi uma das apostas desta nova geração e por isso a nova Hilux tem agora uma proteção interior do motor três vezes mais forte, o chassis foi reforçado com aços de alto limite elástico e a suspensão foi suavizada, não deixando de o eixo traseiro ser rígido com molas de lâminas.
Tudo isto foi feito com o objetivo de melhorar o conforto e o controlo dos movimentos da carroçaria. O curso das suspensões passa a 52 cm, e tem para além das quatro rodas motrizes, capacidade de rebocar até 3,5 toneladas. A caixa manual de seis velocidades tem uma primeira demasiado curta, mas o resto da caixa está bem escalonada, com uma sexta longa para ajudar na economia de gasóleo.
O sistema de tração integral conta com as conhecidas redutoras e permite andar em 4×2, 4×4 e 4×4 ‘altas’. Para tal basta, até 80 km/h, rodar um manípulo e passar de duas rodas para quatro rodas motrizes. Já em termos de motorização testamos o novo motor 2.4 D-4D, com uma melhoria de 12 por cento de economia de combustível, num bloco com 150 cv às 3.400 rpm.
Em termos de equipamento, nada falta a esta nova Hilux, destacando-se o bloqueio do diferencial traseiro, de série na Hilux 4×4, o controlo de assistência em subida (HAC), controlo de tração ativo (A-TRC), que identifica perda de tração, bloqueia a roda que a perdeu e envia binário para as restantes, funcionando como se se tratasse de um diferencial autoblocante. Esteticamente, a nova Hilux é bem refinada e no interior, nada falta. Os bancos são novos, é enorme o ecrã TFT tátil a cores, o volante é ajustável, tem câmara de visão traseira de série nas versões de lazer, os bancos são confortáveis, quase nos esquecemos que estamos ao volante de uma pick-up.A direção desta nova Hilux é bem precisa e, no asfalto das cidades, se abusarmos imediatamente faz-nos perceber que estamos perante um veiculo para todo o serviço, com a frente a escorregar, a carroçaria a adornar e a roda traseira interior a levantar ligeiramente do chão, ou não estivéssemos perante um carro concebido para andar fora de estrada onde revela todo o seu ADN.
Virgílio Machado/Autosport
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Características | |
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Motor | 4 cil. em linha turbodiesel, injeção direta |
Cilindrada | 2.393 cc |
Potência | 150 CV/3.600 rpm |
Binário | 400 Nm/1.600-2.000 rpm |
Transmissão | Caixa manual de 6 velocidades, tração traseira ou integral c/ redutoras |
Vel. máxima | 170 km/h |
0-100 KM/H | 12,8 seg |
Consumo | 7,8 l/100 km |
Emissões CO2 | 204 g/km |
Comp/larg/alt. | 5.330 / 1.855 / 1.815 (em mm) |
Peso | 2.200 kg |
Mala | 1.030 litros |
Depósito | 80 litros |
Suspensão dianteira/traseira | Independente duplo triângulo/eixo rígido com molas de lâmina |
Pneus série/ensaiado | 265/60 R18 |
Travões dianteiros/traseiros | Discos ventilados/tambores |
Preço (ensaiado) | 25.000€ (base) |
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