WRC/Rali Catalunha: Sébastien Loeb é mesmo ‘extraterrestre’

28/10/2018

Sébastien Loeb venceu o Rali da Catalunha por 2.9s face a Sébastien Ogier. Muita emoção na PowerStage, pois percebeu-se claramente nos parciais que o francês da Citroën estava a perder tempo face a Ogier, mas conseguiu manter a maior parte da diferença e venceu incrivelmente, dando à Citroën um enorme prémio este ano. E bem merecido, depois de tantos problemas. Tal como disse no final Pierre budar, “só mesmo Séb Loeb o conseguiria…”

Depois da má notícia resultando do abandono da Peugeot do WRX, talvez este triunfo o traga de volta para o WRC, se não com um programa a tempo inteiro, que já disse não querer fazer, pelo menos um programa parcial. Para poder fazer mais ‘gracinhas’ destas…

“É simplesmente incrível nem acredito! Dei o meu melhor, e nos outros dias tive sempre dificuldades em encontrar o ritmo, exceto neste! Tive um bom feeling no carro logo de manhã e pude forçar o andamento. Estou muito satisfeito, não pensava poder voltar a ganhar um rali novamente”, disse Loeb que venceu o seu primeiro rali do mundial desde a Argentina 2013. Tal como Kimi Raikkonen, cinco anos depois…

Ogier lidera Mundial

Sébastien Ogier foi segundo e com o quarto lugar de Thierry Neuville (já lá vamos) é o novo comandante do WRC, isto quando falta apenas o Rali da Austrália. Aí, basicamente, quem ganhar (entre os candidatos) é campeão. Tudo se decide na última prova: “O objetivo principal era ficar à frente do Thierry e isto é positivo para o campeonato”, disse.

Na derradeira especial, Neuville partiu uma jante nos derradeiros quilómetros e com isso não só não obteve qualquer ponto na Power Stage, como caiu de terceiro para quarto, atrás de Elfyn Evans… por meio segundo. Para além disso, e como já referimos, perdeu a liderança do Mundial de Pilotos, estando agora três pontos atrás de Ogier. Pelo menos não vai abrir a estrada na Austrália, onde isso é para lá de mau…

Os outsiders…

Dani Sordo terminou o rali em quinto, depois de ter chegado a liderar a prova. Contudo, não aguentou o ritmo, e já depois de descer para segundo na PE11, teve uma muito má prestação na PE13 onde caiu de segundo para sexto, numa altura em que os pilotos estavam todos muito juntos na classificação. Depois disso, já se sabia que iria ficar atrás de Neuville, por isso deixou de poder atacar: “Foi um bom rali, cometi alguns pequenos erros, perdemos muito tempo em troços em que houve muita indecisão nos pneus, não estou feliz, mas também não estou triste”

Ott Tanak, depois de dominar o rali com tanta evidência, um furo estragou-lhe a prova. Depois do azar, misturado com erro, que teve em Gales, agora um furo acabou-lhe com a possibilidade de vencer. ‘Acabou-se’ o campeonato, e sem os dois erros da Grã-Bretanha e da Catalunha, provavelmente iria vencer. Mas há sempre um mas…”Estamos muito desapontados, é mais ou menos impossível, mas não vamos desistir. Vamos pressionar até o último momento”. Terminou a prova em sexto.

A exemplo de Tanak, Jari-Matti Latvala esteve muito perto de vencer esta prova, mas um furo quando lutava pelo triunfo, na penúltima especial, impediu a Toyota de poder vencer mais uma vez. ainda ofereceu a posição a Tänak, dando mais pontos ao estónio, um gesto nobre, mas já, na prática, desnecessário: “Este desporto é fantástico, e quando estás numa posição como eu, tens que continuar a lutar. Estou muito feliz com o desempenho do carro. Eu realmente sinto muito pelo erro que cometi e pela equipa, é o que acontece quando se luta por todos os décimos”, disse Latvala referindo-se ao futuro que sofreu e que o fez cair de segundo para sexto.

Esapekka Lappi foi oitavo, claramente o pior dos Toyota, num rali que terminou pela primeira vez. Mas como sabemos o que o carro anda, Lappi não esteve nada bem.

Craig Breen foi nono, e a presença de Loeb explica exatamente que o mal, este ano, nunca esteve no carro, mas sim nos pilotos. A prova (mais uma) deu-a hoje Loeb. Provavelmente, está muito perto de se despedir da equipa: “Foi um rali um pouco desmoralizante para ser honesto, pois até andámos bem. Poderíamos perfeitamente estar entre os mais rápidos, mas continuamos a ter contratempos e ‘momentos’ que estraguem tudo. Estou a tentar construir a confiança, mas é difícil quando se continua a ter esses ‘momentos’. O positivo é que pelo menos a velocidade está lá…”

Mais uma vez, quase nunca conseguiu entrar no ritmo, teve um único troço bom, que venceu, no primeiro dia, mas de resto andou entre o 9º e 11º lugar, o que não se pode considerar, nem de perto, positivo: “Foi um fim de semana com condições muito difíceis. Tem sido muito complicado e eu não consigo explicar o porquê. Eu simplesmente não consigo sentir o carro, por isso tenho que continuar a trabalhar para o tentar entender.” Foi 10º.

Teemu Suninen realizou na Catalunha uma das suas piores provas dos últimos tempos, o asfalto não é a sua praia, ainda mais molhado, o que foi uma novidade: “Diria que aprendi muito a guiar com pneus de chuva em troços difíceis. Em seco penso que estive a bom nível, mas no molhado tenho que melhorar a minha técnica de pilotagem”. Terminou o rali em 11º.

Segunda vitória no WRC2
Tal como se esperava, Kalle Rovanperä está a embalar para assegurar cada vez mais triunfos a este nível, continua a fazer o seu caminho, que o vqi levar ao WRC em 2020, e depois de vencer pela primeira vez o WRC2 em Gales, repetiu o feito na Catalunha, agora no asfalto.

A fase inicial do rali foi dominada pelos novos VW Polo GTI R5, que chegaram a ter os dois carros da equipa na frente, com Kalle Rovanpera a ser o piloto que mais perto andou dos carros alemães. Chegou à liderança na nona especial e não mais a largou. O melhor do VW, o de Eric Camilli ainda ficou inicialmente por prte, mas depois teve problemas e atrasou-se. Depois foi a vez od Campeão do WRC2, Jan Kopecky, que foi perdendo terreno para o finlandês a cada troço que passava,com o jovem finlandês a vencer e convencer no WRC2. dos Volkswagen falaremos em artigo à parte…