O calendário inicial dizia que Portugal seria o último palco europeu do WTCR em 2018 mas os problemas sentidos na Argentina levaram ao cancelamento da já habitual ronda em Termas de Rio Hondo e o promotor encontrou a solução na Eslováquia, pista que já recebeu o WTCC, prolongando assim um pouco mais a estadia da caravana da Taça do Mundo no velho continente antes da paragem que antecede o périplo em terras asiáticas.

Na tabela classificativa, o WTCR está ao rubro. Muller lidera, seguido de Tarquini, Ehlarcher, Bjork, Vernay, Michelisz, Huff e Guerrieri. Com tantos pontos em jogo num fim de semana, é muito fácil que este cenário mude radicalmente no domingo, com todos os pontos atribuídos. Muller aproveitou os deslizes alheios em Vila Real e assumiu o comando das operações seguido de Tarquini. A experiência vale muito e embora os veteranos não estejam a um nível soberbo, tem sabido gerir da melhor forma as suas prestações. Ehrlacher que era líder à chegada a Vila Real, caiu para terceiro mas tem apresentado um ritmo muito forte, tal como Bjork, que arrasou a concorrência na capital transmontana no domingo de prova. Vernay tem estado regularmente nos lugares da frente e Michelisz continua sem sorte. O húngaro é um dos melhores pilotos mas desde o ano passado que tem acumulado alguns azares comprometedores. Nem se podem falar em erros próprios mas apenas circunstâncias de corrida que o prejudicam. Para Huff a viagem a Vila Real foi para esquecer e o grave acidente significou zero pontos durante todo o fim de semana e trabalho redobrado para a SLR em ter os dois Golf GTi TCR prontos.

Slovakia Ring é uma pisa sinuosa, com curvas médias é rápidas, num traçado fluído. O novo BoP tirou peso aos Hyundai e é provável que regressemos aos tempos em que tínhamos quatro i30 N TCR na frente. Os Honda poderão ser uma ameaça, mas com o mesmo peso e a mesma potência, veremos que efeito tem a altura ao solo nos dois carros (diferença de 10 mm entre as duas máquinas com desvantagem para o Hyundai, mais alto que o Honda). Os Audi poderão ter uma palavra a dizer. Embora tenham ficado mais pesados, as curvas em apoio poderão jogar a favor dos RS3 LMS, cuja aerodinâmica é mais apurada. Em traçados mais sinuosos o carro perde para a concorrência mas na Eslováquia encontrará curvas mais abertas que poderão ser ao “seu gosto”. Dos Cupra não se esperam grande surpresas e apenas Oriola tem levado o nome da marca espanhola a voos mais altos, especialmente em Vila Real (Oriola gosta de citadinos). Filippi ainda não mostrou nada de mais e os homens da Zengo têm estado muito abaixo do desejável. Para os Peugeot o ano começa a ser interessante pois os resultados e o andamento vão melhorando a cada prova. Comte venceu em Zandvoort, Homola em Vila Real e temos visto uma evolução bem interessante dos 308 TCR. Na Eslováquia talvez não tenham o melhor terreno para brilhar mas a jogar em casa, Homola quererá dar tudo e voltar a brilhar. Quanto aos Alfas, o cenário é mais cinzento e depois da saída de Morbidelli, a equipa conta com Giovanardi e Ceccon para comandarem os pouco competitivos Giulietta TCR.

Horários:

Sexta

TL1 – 11:40 – 12:10

TL2 – 14:50 – 115:20

Qualificação 1 – 16:55 – 17:25

Sábado

Corrida 1 – 11:00 – 11:30 (9 voltas)

Qualificação 2 – Início da Q1 às 14:10

Corrida 2 – 18:00 – 18:30 (9 voltas)

Domingo

Corrida 3 – 10:45 – 12:15 (11 voltas)