Bruno Magalhães vence Rali dos Açores pela terceira vez

01/04/2017

Bruno Magalhães venceu o Azores Airlines Rallye, o seu terceiro triunfo do piloto luso na prova, depois de 2008 e 2010. Depois de um rali que foi dominado por Alexey Lukyanuk, o piloto russo teve um azar no último dia de prova, quando tinha um avanço mais do que suficiente para vencer, e abandonou, deixando a luta entregue a Bruno Magalhães e Ricardo Moura, que ficaram na altura separados por apenas 9,3 segundos. Só que, quando tudo apontava para uma boa luta nos restantes quatro troços, um contratempo mecânico com o Ford Fiesta R5 de Moura, levou a ter que parar no primeiro troço de tarde, também ele abandonando, deixando nessa altura o piloto do Skoda completamente à vontade a caminho do seu terceiro triunfo. Daí até final, Bruno Magalhães não meteu uma roda fora do sítio e venceu um rali que nem ele esperava poder vencer.

Numa prova com 28 R5 à partida, e sem correr em pisos de terra há mais de um ano, o objetivo era gradualmente ir aumentando o ritmo e ganhar posições, mas depressa esse ritmo passou a chegar para os lugares da frente. Desde o primeiro troço que Magalhães esteve no top 5, e desde aí foi sempre a somar. Sem ritmo para Lukyanuk e Kajetan Kajetanowicz, foi medindo forças com os pilotos logo atrás dos dois mais fortes estrangeiros e Ricardo Moura. Só que o ritmo foi aumentando com o passar dos troços, e depressa chegou para lutar nos três primeiros. O resto é história…

“Os testes que efectuámos foram importantes para a adaptação mas não era suficientes para ganhar o ritmo exigido numa prova com a exigência destas. Entrei na prova com ambições mas não sabia onde nos situávamos. No final do primeiro dia, fiquei surpreendido com o quinto lugar da geral. Não estava à espera de estar logo desde o primeiro troço nos lugares da frente disputando posições com referências do Europeu de Ralis. Foi muito bom e isso levou-nos a acreditar que seria possível chegar a um lugar do pódio no final da prova. No final do segundo dia, e dadas as circunstâncias em que aqui cheguei, conhecendo mal o carro e depois de longos meses afastado da competição, o desfecho era melhor do que eu poderia, sequer, imaginar. Fiquei de imediato com a sensação que estava a fazer o melhor rali de sempre e essa foi uma satisfação enorme. Estava com total confiança no carro e na equipa. Em todas as assistências fizemos novos ajustes e o carro ficou sempre bom. Não tivemos problemas nenhuns e isso foi uma ajuda enorme” disse Bruno Magalhães, que para o último dia não sabia o que poderia acontecer, mas tudo correu a contento para si, exatamente da mesma forma que noutros ralis foi a ele que lhe tocou azares – lembramos-nos de um Rali de Portugal em que partiu uma suspensão já com o estádio do Algarve à vista – são assim os ralis e desta vez o triunfo foi para Bruno Magalhães.

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