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Antigo, Histórico ou Clássico

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Neste multi-cultural mundo dos veículos Clássicos, importa começar por estabelecer algumas diferenças entre três classificações que, embora em linguagem corrente, sejam utilizadas como sinónimos, têm diferenças de relevo.

Veículo Antigo

Designação que se refere à idade do veículo em causa. É uma classificação puramente objectiva, mas que se tem revelado insuficiente, à medida que o critério da idade permitiu uma abrangência cada vez maior de veículos. A palavra “antigos” foi a escolhida quando começaram a surgir as primeiras manifestações no sentido de preservar veículos obsoletos em termos tecnológicos, mas de valia histórica ou afectiva. A FIVA (Fédération Internationale des Véhicules Anciens) e o seu representante em Portugal, o CPAA (Clube Português de Automóveis Antigos), ambos fundados na década de sessenta, são dois exemplos de como essa designação se tornou referência. O conceito de antigo tem variado, de país para país, entre os 20 e os 35 anos.

Veículo Histórico

É a definição formal mais utilizada hoje em dia, porque inclui não só a relevância temporal – em Portugal, fixada para o biénio 2006/07 em 24 anos, tendente a alinhar, a partir de 2010 com o Código Técnico da FIVA, que prevê 30 anos – mas também atribui importância a outros factores:

– Preservação em condição original ou equiparada (acessórios contemporâneos ou restauro)

– Interesse histórico e técnico

– Não utilizado como veículo único ou de uso quotidiano

Veículo Clássico

É, de todas, a definição mais abrangente. Por clássico entende-se algo que não passa de moda, pelas suas características intrínsecas de qualidade (técnica, estética), pela importância histórica, raridade (ou exclusividade) e, mesmo, pela sua relevância afectiva (carisma). Aqui a idade conta muito pouco, ou mesmo nada, já que existem automóveis e motos em produção actual que podem ser aqui incluídos – dois exemplos: os Morgan e as Bimota. Alguns dos veículos que encontramos nesta categoria, serão antigos apenas dentro de algumas décadas, outros poderão até vir a ser considerados históricos, mas todos são extraordinários pela forma como se distinguem da produção corrente de veículos motorizados. O conceito “Clássico” aplicado aos veículos generalizou-se com o aparecimento, em 1973, da revista inglesa “Thoroughbred & Classic Cars”.

Categorias FIVA de veículos históricos:

Classe A – Pioneiros – veículos construídos antes de 31 Dezembro de 1904

Classe B – Veteranos – veículos construídos entre 1 de Janeiro 1905 a 31 Dezembro 1918

Classe C – Vintage – veículos construídos entre 1 de Janeiro 1919 e 31 Dezembro 1930

Classe D – Pós-Vintage – veículos construídos entre 1 Janeiro 1931 e 31 Dezembro 1945

Classe E – Pós-Guerra – veículos construídos entre 1 Janeiro 1946 e 31 Dezembro 1960

Classe F – Veículos construídos entre 1 de Janeiro 1961 e 31 Dezembro 1970

Classe G – Veículos a partir de 1 de Janeiro 1971, até uma data de 30 anos anterior ao primeiro dia do ano em curso