Cinco artigos da Speedflag para celebrar o Grande Prémio do Mónaco

26/05/2023

Mónaco e Fórmula 1. No imaginário de todos, segue-nos a vontade de ter o circuito citadino mais fascinante do Mundo só para nós. Por apenas uma volta, sem nada nem ninguém a atrapalhar as capacidades de homem e máquina, juntos, a subir Beau Rivage até à curva do Casino de Monte Carlo, descer até Mirabeau, cruzar o Tunnel a 300 km/h, e fazer a secção do Tabac e Piscine a fundo, para conseguir ganhar o tão famoso Grande Prémio do Mónaco.

 

É o lugar onde nascem lendas improváveis, e onde se coroam os Reis e Príncipes do Mónaco. Ayrton Senna, Michael Schumacher e Graham Hill, de um lado, e do outro, desafiando todas as probabilidades, um venturoso Olivier Panis, sobrevivente do enorme caos da corrida de 1996. Por vezes, as lendas constroem-se bastando estar no lugar certo, à hora certa. Não temendo ultrapassagens consideradas impossíveis, no mais ínfimo dos espaços. Quem ganha no Mónaco, ganha para toda a vida. Por um dia, uma tarde, o mais improvável dos pilotos torna-se Príncipe do Principado, ungido com champagne, coroado com a taça entregue pelos Grimaldi.

Para celebrar o 80º Grande Prémio do Mónaco de Fórmula 1, o Jornal dos Clássicos, em parceria com a Speedflag – Fuelling your Lifestyle, o novo marketplace para “petrolheads”, sugere 5 artigos indispensáveis a todos os que vivem este fim-de-semana especial de Grande Prémio, que leva o glamour da Fórmula 1 até à Riviera Francesa.

Gilles Villeneuve Monaco ’81 – Ferrari 126

O ídolo dos Tifosi que não viveu o suficiente para ser campeão.
Em 1981, o binómio infernal Villeneuve-Ferrari 126CK foi de tal forma avassalador na luta com Alan Jones, que o próprio constructor transalpino apelidou-o como “uma corrida inesquecível”. Afinal de contas, foi a primeira vitória de um motor turbo no Mónaco.

A ilustração do Ferrari 126CK de Gilles Villeneuve, da autoria de Alex Wakefield, imortaliza a primeira vitória Ferrari da era turbocomprimida.

The “Rainmaster” Reigns – Artwork

Rudolf “Rainmaster” Caracciola dominou a era Pré-Guerra dos Grandes Prémios, assinando prestações sublimes à chuva.

No Grande Prémio do Mónaco de 1936, logo na segunda volta, a chuva torrencial e uma enorme mancha de óleo afastaram os pilotos da Mercedes-Benz Louis Chiron e Manfred von Brauchitsch da prova, bem como Bernd Rosemeyer, piloto da Auto Union.

Rudolf Caracciola assumiu o controlo da corrida, e comandou-a de fio a pavio. O primeiro, segundo e terceiro lugares foram conquistados pelos “Silver Arrows”, com Caracciola a assegurar a vitória, numa corrida acidentada sem igual na história dos “Silver Arrows”, tal como demonstra esta ilustração.

McLaren MP4/4 – Ayrton Senna – Helmet – 1988

O reinado de Ayrton Senna nas ruas do Principado iniciou-se em 1987, estando gravado na mente de cada sério conhecedor da história da Fórmula 1 a famosa volta de “faca nos dentes”, no Grande Prémio do Mónaco de 1988. Como Senna viria a admitir mais tarde, a “volta dos deuses”, ao volante do todo-poderoso Mclaren-Honda MP4/4, foi uma experiência extra-sensorial, bem para lá da sua compreensão consciente.

Seis vitórias, obtidas em 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993, fizeram de Senna o Rei do Mónaco, ultrapassando a marca de cinco vitórias alcançadas por Graham Hill na década de 60. Nenhum outro piloto conseguiu tal feito até hoje.

O capacete tricolor, com as cores do Brasil, é um dos eternos objectos de culto do desporto motorizado.

Ferrari F1 2000 – Michael Schumacher – 7 Times World Champion Poster

O Ferrari F1 2000 é o quebrar da maldição da Ferrari, que permaneceu durante 21 anos sem ganhar qualquer título de pilotos. No Grande Prémio do Japão, última corrida do campeonato realizada a 8 de Outubro, e liderado por Mika Häkkinen até à 37ª volta no circuito de Suzuka, Michael Schumacher conseguiu, com a genialidade estratégica de Ross Brawn, o que Maranello tanto ansiava desde a sua chegada em 1996, depois das fabulosas temporadas de 1997 e 1998.

O sino da igreja da vila-berço da Ferrari tocou sem parar durante as quatro temporadas seguintes, até Michael Schumacher se tornar o piloto mais bem sucedido da Fórmula 1 em 2004, com sete títulos Mundiais.

O Mónaco viu Schumacher saborear a vitória cinco vezes, com a corrida de 1997 a colocar o piloto de Kerpen no pedestal dos mestres da velocidade, numa magistral “dança à chuva”.

Monaco Grand Prix (1965) Magnet

Um simples íman de frigorífico, diriam alguns. Indispensável para segurar os lembretes deixados na cozinha, seja com recados ou listas de compras para casa, o íman que celebra o Grande Prémio do Mónaco de 1965 simboliza umas das cinco vitórias de Graham Hill conquistadas nas ruas do Principado.

Um dos grandes Gentleman Drivers da sua geração, Hill é ainda hoje o único piloto na história do Automobilismo a ter alcançado a “Triple Crown”: vencer o Grande Prémio do Mónaco, as 500 Milhas de Indianápolis e as 24 Horas de Le Mans.

Corajoso e determinado, leal e respeitado pelos seus pares, Graham Hill é merecidamente detentor do título de “Mr. Monaco”, além dos dois títulos mundiais de Fórmula 1 de 1962 e 1968.