Cinco factos que desconhece sobre a passagem de Senna pela Lotus

06/12/2020

Há cerca de 32 anos, Ayrton Senna fazia a sua última prova pela Team Lotus, no Grande Prémio da Austrália, em Adelaide. Durante as três temporadas na Lotus, Senna conseguiu seis vitórias e vários pódios, no entanto, a baixo do seu objectivo, que era alcançar o título de pilotos. Seguem-se cinco factos menos conhecidos da permanência de Ayrton Senna na Lotus.

Durante os três anos na Lotus, Senna conquistou 22 pódios, enquanto todos os seus colegas apenas alcançaram três no mesmo período

E outra curiosidade inserida nesta, é que nos três pódios alcançados pelos seus colegas de equipa, Senna não esteve em nenhum deles. Os seus parceiros de equipa de 1986 e 1987, Johnny Dumfries e Satoru Nakajima, respectivamente, nunca atingiram o pódio. Somente Elio de Angelis, que teve a sua última temporada completa na Fórmula 1 em 1985, conseguiu alcançar uma vitória e dois terceiros lugares, além de um quarto lugar, logo nos primeiros quatro Grande Prémios desse ano. Senna só conseguiu os primeiros pontos em Portugal. Senna subiria ao pódio com um colega de equipa pela primeira vez no Grande Prémio de San Marino, em 1988, quando venceu e o seu colega Alain Prost terminou em segundo.

Senna não foi o último piloto a arrecadar pontos nos Lotus da John Player Special

Johnny Dumfries só competiu na temporada de 1986 da Fórmula 1. Era o piloto número dois da equipa e arrecadou apenas três pontos, ao contrário de Senna que teve 55 pontos. O nome verdadeiro de Johnny Dumfries é John Crichton-Stuart, sendo ele o Sétimo Marquês de Bute. Em 1984 venceu dez das 17 corridas da Fórmula 3 britânica, ficando à frente de Senna. Fez parte também da equipa da Jaguar, vencedora da edição de 1988 das 24h de Le Mans, sendo companheiro de equipa de Jan Lammers e Andy Wallace. Mas o que aqui interessa foi o sexto lugar alcançado por Johnny Dumfries no Grande Prémio da Austrália, sendo a única vez que ficou à frente de Senna, que tinha desistido na volta 43, e foi a última vez que um automóvel de Fórmula 1 patrocinado pela John Player Special alcançou pontos, antes das marcas de tabaco serem banidas da modalidade.

A última vez que Senna utilizou o fato da John Player Special não foi numa prova de Fórmula 1

Senna por vezes fazia umas “brincadeiras” fora da Fórmula 1, como o teste num IndyCar pela equipa Penske em Dezembro de 1992 ou a Race of Champion no circuito de Nurburgring com um Mercedes-Benz 190E 2.3-16, em Maio de 1984. Num certo dia de Novembro de 1986, Senna passou de piloto de Fórmula 1 para piloto de ralis, para um teste da defunta revista britânica Cars and Car Conversions. Os automóveis testados por Senna eram um Ford Sierra Cosworth Grupo N, um Vauxhall Nova Grupo A, um Ford Escort V6 GA 4WD, Volkswagen Golf GTI 16v Grupo A e um MG Metro 6R4 Clubman de Grupo B. Senna esteve a aprender como conduzir os vários automóveis de rali, já que quis aprender por ele próprio sem ajuda de ninguém. Chegou, inclusivamente, a bater numa árvore com o Ford Escort.

A única temporada onde Senna não obteve a volta mais rápida foi enquanto estava na Lotus

Ayrton Senna fica para a história pois encontra-se no top 10 no número de corridas ganhas, Pole Positions, pódios e nos Grand Slam, que consiste no piloto obter a Pole Position, estar à frente em todas as voltas, obter a volta mais rápida e ganhar o Grande Prémio. No entanto, no que consiste unicamente nas voltas mais rápidas dos GP, Senna fica fora do top 10. Além disso, existe uma temporada onde Senna não conseguiu uma única volta mais rápida e essa temporada é a de 1986.

Grande Prémio de Itália de 1988 não foi a primeira vez que um problema pós-corrida para Senna levou a Ferrari a fazer dobradinha

Nas duas épocas em que Gerhard Berger e Michele Alboreto foram colegas de equipa na Ferrari só foram ao pódio juntos por três vezes. Duas delas foram como primeiro e segundo lugares, com Berger na frente e em ambas Senna foi indiretamente envolvido. Em Monza foi posto fora da liderança por Jean-Louis Schlesser. A outra vez em que houve algo idêntico foi no Grande Prémio da Austrália, em 1987, quando Senna tinha terminado a corrida em segundo, atrás de Berger e à frente de Alboreto, mas foi mais tarde desqualificado porque as condutas de ar para os travões estavam fora de medida no seu Lotus 99T, fazendo a Ferrari a dobradinha.