Citroën Méhari: Aos 50 anos e ainda com tanta irreverência

13/05/2018

O mês de maio de 1968 marca o nascimento do Méhari e, também, o arranque da actividade daquele criador, pertencente a uma geração que calcorreava as ruas de Paris. Já Maio de 2018 simboliza a colaboração entre estes dois talentos, sob o signo da revolução criativa que, desde sempre, impulsiona a Citroën e Jean-Charles de Castelbajac.

Um encontro natural e evidente, como sublinha Arnaud Belloni, Director de Marketing e Comunicação da marca Citroën: “O Méhari é um ícone da Citroën, um modelo nada convencional por excelência! Nasceu em Maio de 1968 e, 50 anos depois, continua a ser a personificação da cultura pop francesa. Para celebrar este aniversário confiámos o seu herdeiro 100% eléctrico a Jean-Charles de Castelbajac. O resultado final traduz-se num “Art Car” E-Mehari repleto de alegria de viver. É o encontro de dois mundos simultaneamente criativos e revolucionários!”

Através deste “Art Car” único, Castelbajac tornou o novo Citroën E-MehariI num símbolo da arte de viver “Made in France”, numa proposta otimista e pop, revelando traços de uma criatividade sem limites. Porque aqui é proibido proibir, o “Art Car E-Mehari” desperta os espíritos criativos e mostra as duas razões de existir para Castelbajac: a arte e a moda.

Maio de 1968, a origem do mito

Numa altura em que a geração mais jovem lutava nas ruas de Paris, em busca de mais liberdade, sob o célebre lema “Debaixo da calçada, a praia” (“Sous les pavés la plage”, no original), a Citroën desvendava, a 11 de Maio de 1968, um modelo à frente do seu tempo: o Méhari.

Simples, polivalente e despretensioso, este atípico descapotável de cores pop, construído sobre uma plataforma do Dyane 6, caracterizava-se por uma carroçaria em plástico ABS, colorido na própria massa, numa proposta idealizada por Roland de La Poype. Este material engenhoso e leve – o Méhari não excedia os 525 kg de peso – assume qualquer forma, sendo inatacável pela corrosão, o que o tornava totalmente lavável a jactos de água e um aliado perfeito das zonas junto ao mar.

Outra vantagem era a sua elevada modularidade, com uma estrutura totalmente descapotável acima da zona de cintura, onde até o pára-brisas se inclinava sobre o capot. Pensado para chegar a todo o lado, o seu chassis elevado conferia-lhe qualidades de condução sem precedentes. Em 1979 surgia uma versão 4X4 que permitia enfrentar zonas de inclinação até 60%.

Não lhe faltava muito mais para se tornar num genuíno sucesso popular. Aliás, o Citroën Méhari viria mesmo a tornar-se num fenómeno da sociedade ao longo dos anos, graças, por exemplo, a uma carreira cinematográfica, estreada na série “Le Gendarme de Saint-Tropez”, com Louis de Funès como protagonista, sendo a sua presença visível também em diferentes rali-raids, incluindo o Liège-Dakar-Liège de 1969, o Paris-Kaboul-Paris de 1970 ou ainda o Paris-Dakar de 1980.

O Citroën Méhari foi produzido ao longo de 19 anos, em cerca de 145.000 exemplares, até 1987.

Dezembro de 2015, a saga continua…

Foi neste ano que a Citroën desvendou o E-Mehari, uma proposta irreverente, que pisca o olho ao Mehari de 1968, mas que é muito mais do que isso: um descapotável de 4 lugares, 100% eléctrico, com um estilo moderno e divertido. Mais do que nunca, tornava-se num “electrão livre”. Conectado, sem complexos, peculiar e, porque não, irreverente, são inúmeros os adjectivos que descrevem o novo E-Mehari. Viatura colorida, irreverente e fortemente inserida no espírito Citroën, é um “it car”, que sabe como seduzir todos aqueles que buscam diferenciação, optimismo, que estão atentos às tendências e que se preocupam com o ambiente.

O E-Mehari adopta os códigos que são tão caros à Citroën e confirma a vontade do fabricante em disponibilizar viaturas diferentes, tecnológicas e que representem a criatividade francesa. As baterias LMP® (Polímeros Metálicos de Lítio) fornecidas pelo Grupo Bolloré, que equipam este descapotável eléctrico, são produzidas em Quimper, na Bretanha, sendo a viatura montada em Rennes, tornando o Citroën E-Mehari no primeiro veículo eléctrico certificado com o selo “Origine France Garantie”.

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Em Janeiro de 2018, dando continuidade à Edição Limitada “Styled by Courrèges”, e em complemento ao famoso Soft Top (capota de lona), o Citroën E-Mehari adopta um Hard Top (capota rígida) associada a janelas laterais e a uma janela de abertura posterior, tornando-se numa verdadeira berlina, passível de ser utilizada 365 dias por ano. Dispõe de um interior de qualidade, completamente redesenhado de acordo com os códigos da Marca. O seu novo painel de instrumentos, com a mesma cor da carroçaria, e os seus novos bancos dão-lhe um visual mais moderno e mais confortável, enquanto o acesso Easy Entry facilita o acesso aos lugares traseiros.

Oferece o prazer de uma condução eléctrica com toda a confiança com os seus arcos em aço e os seus novos equipamentos de segurança, incluindo 4 airbags, comutação automática das luzes de cruzamento ou ainda um alerta de cruzamento com peões. Divertido e fácil de viver no quotidiano, o novo Citroën E-Mehari conta ainda com um sistema áudio Bluetooth Parrot e de fecho centralizado de portas. Em França está disponível a partir de 19.500 euros, incluindo o desconto ambiental.

A cronologia Méhari

– 11 de Maio de 1968: lançamento do Méhari no Campo de Golfe de Deauville.
– Outubro de 1968: estreia pública no Salão Automóvel de Paris, Porte de Versailles.
– 1969: participação do Méhari em diferentes rali-raids, incluindo o Liège-Dakar-Liège.
– Fevereiro de 1972: desvendadas as versões militares e policiais do Méhari.
– Verão de 1978: estreia no cinema, na saga de filmes “Les Gendarmes”, com Louis de Funès como protagonista.
– Maio 1979: nascimento da versão 4×4, que parte à conquista do Rali Paris-Dakar.
– 1980: 10 veículos Méhari faziam parte da assistência do Paris-Dakar.
– Abril de 1981: o exército homologou o modelo Citroën Méhari 4×4 como um veículo militar ligeiro todo o terreno.
– 1983: surge a série limitada “Azur” (700 exemplares), bem como a série “Plage”, destinada aos mercados da Península Ibérica.
– 1987: termina a produção do Méhari, depois de 19 anos de existência e cerca de 145.000 exemplares vendidos.
– Final de 2015: quase 30 anos depois, a Citroën desvenda o E-Mehari, digno herdeiro 100% eléctrico do Méhari de 1968.
– Setembro de 2017: lançamento da edição limitada (61 exemplares) do Citroën E-Mehari “Styled by Courrèges”, homenagem ao ano de criação desta Maison de Couture francesa (1961).
– Janeiro de 2018: a Citroën lança o novo E-Mehari proposta que beneficia de evoluções técnicas, um novo design de interiores e uma versão Hard Top, permitindo transformar o único descapotável eléctrico de 4 lugares numa berlina, que pode ser desfrutado durante todo o ano.
– Maio de 2018: 50 anos após o surgimento do Méhari, a Citroën apresenta o “Art Car” E-Mehari, uma obra de arte única, colorida e optimista, nascida da criatividade de Jean-Charles de Castelbajac.

Entre os passados dias 5 e 8 de Maio, o Méhari Club de France organizou um encontro nacional em Amboise, para celebrar o 50º aniversário do modelo, ali reunindo cerca de 280 viaturas e 600 coleccionadores.

O alegre Maio de 1968… O E-Mehari em 2018

Para Jean-Charles de Castelbajac, “o Mehari é a viatura mais icónica da sua geração”.

Bem mais do que um simples mito, é um modelo revolucionário que ele define por um conjunto de cores, um conjunto de papéis e um conjunto de palavras.

A sua vertente artística comemora não uma, mas duas revoluções: a de Maio de 1968, com a sua porta aberta para o futuro, a sua atitude sem preocupações e a sua liberdade de expressão, mas também a do automóvel, quando o Méhari deu origem ao conceito do lazer, permitindo que as pessoas deixassem as cidades para explorar novas formas de vida. Porque a palavra “liberdade” é a pedra angular que liga o conceito Méhari e a força de toda uma geração, Jean-Charles de Castelbajac criou, agora, um “Art Car” que é um manifesto gráfico, à imagem de um poster de Maio de 1968.

Tanto em termos de cores, como nos detalhes, esculpidos à mão, ele criou um “Art Car” livre, com símbolos envolventes como um fio protector, para acompanhar os viajantes até horizontes, por vezes utópicos mas, também e na maioria das vezes, que trazem esperança, projectos e desejos de mudança do mundo.

O seu trabalho cromático ostenta uma mensagem que envolve o vermelho para a revolução e a paixão, o amarelo para a irradiação, o desejo de conquista, a amizade e a fraternidade, e o azul como símbolo da electricidade, dos céus e de um ambiente positivo.

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