Assim, a tecnologia estava apenas apresente no motor e na carroçaria de matérias compósitos. Fibra de carbono, Kevlar e Nomex, aliados à ausência de luxos e equipamento supérfluo, permitiram obter enorme resistência com baixo peso. Essa economia de peso leva, até, à ausência de revestimento das portas, cuja abertura é feita por um cabo.
Pininfarina foi o responsável por este design intemporal em forma de cunha, onde sobressaem as estradas de ar, um aerofólio de estabilização traseiro, invertido e que proporciona uma força descendente na traseira para maior aderência. O chassis é uma estrutura de tubos de aço integrados com elementos compósitos, incorporando o arco de segurança. O motor encontra-se colocado na parte central traseira, logo atrás dos bancos e imediatamente à frente do eixo de tracção, proporcionando uma boa distribuição de massas.
A sobrealimentação do motor é feita por dois turbocompressores IHI, um por cada linha de cilindros e ligados a uma válvula Waste-Gate da Ferrari. Os travões e a direcção não são assistidos, para que o condutor possa sentir as emoções deste verdadeiro supercarro. A suspensão é independente tendo sido desenvolvida pela Koni. A caixa de velocidades possuiu uma engrenagem de transmissão, o que lhe permite baixar o centro de gravidade em cerca de sete centímetros.
Como curiosidade, podemos referir que a linha de montagem do F40 era completamente desprovida de robots sendo o processo de fabrico todo manual. Antes da entrega, os proprietários eram convidados a visitar a Fábrica de Maranello, nomeadamente a oficina onde lhe era montada a baquet com as medidas do seu corpo. Podemos dizer que o F40 era um misto de tradição e futurismo, aliada ao desportivismo dos veículos de competição e o prazer dos Grande-Turismo.
Este e outros supercarros podem ser vistos na exposição temporária “Supercarros”, patente no Museu do Caramulo.Veja a galeria em baixo com algumas das melhores imagens do Ferrari F40.
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