A incrível história do Bugatti que esteve 73 anos no fundo de um lago

08/02/2017

A história deste Bugatti Brescia Type 22 Roadster, de 1925, é incrivelmente insólita. De acordo com as informações apuradas, o Bugatti foi parar ao fundo do lado Lake Maggiore, localizado na fronteira entre a Suiça e a Itália.

O automóvel foi registado originalmente em França mas aparentemente mergulhou no lago em 1935. Tem quatro cilindros, um motor de 1,5 litros e, nos seus tempos de glória, terá atingido a velocidade de cerca de 100 milhas por hora.

Existem diversas histórias à volta deste mediático acontecimento, no entanto são difíceis de comprovar com o passar do tempo…

Surgiram rumores que afirmam que o automóvel mudou de mãos em 1934, quando o piloto francês René Dreyfus, alcoolizado, perdeu a viatura para o ‘playboy’ suíço Adalbert Bodé, no seguimento de uma aposta num jogo de poker. A partir daqui a história complicou-se pois o novo proprietário levou-o da Itália para a Suíça, onde residia, recusando-se a pagar os impostos inerentes à sua importação durante mais de dois anos. Consta que o preço da regularização atingia valores muito superiores ao preço do automóvel no mercado.

Algum tempo depois, Bodé acabou por mudar-se para França, deixando na Suíça o seu Bugatti. Sem saber o que fazer, os fiscais tributários resolveram tomar a inconcebível decisão de, em 1936, atirá-lo para o Lago Maggiore. Com um destino infeliz, o pobre Bugatti tornou-se numa lenda por ter ficado mais de sete décadas submerso a 70 metros de profundidade.

A evolução tecnológica permitiu que, com o passar do tempo, equipas de mergulhadores conseguissem localizar o Bugatti. Contudo, apenas em 2009 é que o Clube de Mergulho Centro Sport Subacquei Salvataggio decidiu resgatá-lo, de forma a angariar fundos para a criação de uma fundação.

Mais recentemente, foi arrecadado em leilão pelo Museu Mullin, na Califórnia, em 2010 por 360 mil dólares, cerca de 337 mil euros. O automóvel encontra-se agora em exposição nesse Museu, apresentando ainda o estado original em que foi encontrado. Devido à sua peculiar história, decidiram não proceder ao seu restauro, para todos os visitantes terem a oportunidade de ver de perto esta curiosa história.

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