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Maserati A6GCS, o milagre da multiplicação

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Desenhados por Aldo Brovarone, inicialmente para a Cisitalia, os coupé Maserati A6GCS serão porventura dos designs mais emblemáticos para automóveis desportivos na década de 1950. A conjugação de elegância e agressividade é de um equilíbrio ímpar e, ao mesmo tempo, são possuidores de um sentido de propósito que não é nada vulgar. Detalhes que não passam despercebidos ao entusiasta, por mais empedernido que seja.

Fruto da reação ao mau tempo que se fez sentir nas Mille Miglia de 1952, onde a Maserati alinhou com quatro A6G com carroçaria Spyder e onde nenhum chegaria ao fim, a casa-mãe decidiu alinhar com uma carroçaria coupé, no ano seguinte.

A casa Pinin Farina já havia trabalhado com a marca e com resultados interessantes, pelo que foi contactada para tal. No entanto, havia um problema: Pinin Farina estava a finalizar um contrato de exclusividade com a Ferrari. Então a estratégia foi, alguns dizem que com a total conivência de Battista Farina, tornar a encomenda não-oficial. Esta viria de Guglielmo Dei, o concessionário Maserati em Roma, que comprou seis chassis A6GCS e comissionou directamente o trabalho.

Foram construídos somente quatro unidades, mas há milagres, e o mundo automóvel é pródigo em casos semelhantes, se exceptuarmos duas réplicas, ambas construídas em chassis Maserati A6GCS e com motores correctos, hoje existem cinco unidades. Mas vamos ver o que aconteceu, chassis por chassis.

Chassis #2056

Acabado em vermelho e o único com especificação de competição. Não tem a entrada de ar no capot. Vendido pela marca em Dezembro de 1953 ao Conde Paolo Gravina di Catania, que quase de imediato o inscreve na prova Giro di Sicilia. Tem um acidente grave, que resulta na morte do co-piloto. Regressa à fábrica, onde permanece sem reparação durante quase quarenta anos. Só em 1991, já com Alejandro DeTomaso é que o restauro é efectuado. É posteriormente adquirido por um conhecido coleccionador. Ainda está em Itália.