Mítico Ferrari 250 GTO pode voltar a ser produzido

19/03/2018

A Jaguar e a Aston Martin deram o mote e a Ferrari está tentada a seguir os passos das marcas inglesas que voltaram a produzir alguns dos seus modelos mais icónicos.

A Jaguar recuperou o E-Type Lightweight, em 2014, dois anos volvidos anunciou o regresso do XKSS e recentemente revelou o fabrico dos 25 exemplares do D-Type que faltavam. Em 2016, quase sessenta anos depois da última unidade ser produzida, a Aston Martin recuperou o DB4 GT.

A fábrica de Maranello tenciona voltar a produzir o icónico 250 GTO concebido por Giotto Bizzarrini e Mauro Forghieri para competir no grupo 3 da FIA Grand Touring Car. 39 foram as unidades produzidas entre 1962 e ’64 deste modelo que combina a sua raridade com o sucesso competitivo e a inefável beleza e detém desde 2014 o título do automóvel mais caro de sempre a ser vendido em leilão. Com o número de chassi 3851 GT, o exemplar foi arrematado por 36,5 milhões de euros, num leilão realizado pela Bonhams.

Foi durante o Salão Internacional do Automóvel de Genebra que Sergio Marchionne, director executivo da FCA, revelou a intenção da Scuderia Ferrari em voltar a fabricar o lendário 250 GTO. Questionado sobre a possibilidade de o 250 GTO voltar às linhas de produção Marchionne declarou “a resposta é sim, mas debato-me com o termo ‘automóvel de continuação’” acrescentando que “o que a Jaguar fez com o Lightweight é inteligente, mas reinventar o 250 GTO é um trabalho árduo e viver do despojo do passado é um mau hábito”.

Sergio Marchionne não adiantou detalhes sobre o projecto, ficando por desvendar se o modelo a produzir será fiel ao concebido e fabricado na década de 60, ou se este servirá apenas de inspiração, todavia espera que possam mostrar algo nos próximos anos.

Em 1962 um exemplar do 250 GTO saído da fábrica custava 18 mil dólares, duas décadas depois, e após ser restaurado, 200 mil dólares era o valor da transacção entre coleccionadores. Em 2004 estimava-se que este mítico modelo da Ferrari valesse 7 milhões de euros, chegando os 26 milhões em 2010. Passados quatro anos torna-se no automóvel mais caro de sempre arrematado em leilão, destronando um Mercedes W196 de 1954 vendido no ano anterior por 29,6 milhões de euros.

Actualmente existem apenas 31 exemplares, entre os seus proprietários destacam-se Ralph Lauren; Nick Mason, o baterista dos Pink Floyd; o presidente da Walmart, Rob Walton e o ex-presidente da Microsoft, Jon Shirley.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.