O desenho esteve a cargo da Pininfarina, enquanto que a construção dos automóveis era efectuada na Carrozzeria Scaglietti. Este foi também o último modelo da série 250 GT a ser produzido.
Debaixo do capot está o motor Colombo V12 Tipo 168U de 3,0L de cilindrada, que produz 240cv às 7.500rpm e 242Nm de binário às 5.500rpm, desenhado para ser mais suave, daí ter apenas uma árvore de cames em cada bancada de cilindros e três carburadores duplos Weber 36 DCS. Com estas prestações, o Ferrari 250 GT Berlinetta Lusso poderia atingir os 240km/h de velocidade máxima, fazendo com que fosse o automóvel de estrada mais rápido da época. Acoplado ao motor está uma caixa manual de quatro velocidades.
Dos 351 exemplares produzidos do Ferrari 250 GT Berlinetta Lusso, existe um que se destaca, por ter uma carroçaria única produzida pela Fantuzzi, em linha com o desenho do Ferrari 330 LMB.
Esse exemplar é o que encontramos neste artigo, sendo o 16º 250 GT/L produzido, tendo saído da fábrica de Maranello em Março de 1963, pintado na cor Grigio Argento. Seguiu para o concessionário Società Italiana Veicoli Agriculturali e Motori, em Bolonha, no início de Abril do mesmo ano, sendo vendido cinco dias depois a Luciano Pederzani.Luciano e o seu irmão Gianfranco eram os fundadores da equipa de competição Tecno Racing Team, que chegou a correr na Fórmula 1. Em 1965 Luciano pediu a Medardo Fantuzzi para modificar o desenho do seu Ferrari, inspirando-se no 330 LMB.
Depois de ter sido completado, este 250 GT/L foi vendido para os EUA em 1968. Permaneceu 28 anos no Havai, até seguir para a DK Engineering em 2011 para um restauro. Em 2013 foi adquirido pelo apresentador Chris Evans até ser vendido ao actual proprietário pouco tempo depois.
No próximo dia 12 de Junho irá a leilão, através de um evento organizado pela RM Sotheby’s em Cliveden House, no Reino Unido. O seu valor estimado de venda situa-se entre os 1,3 e os 1,75 milhões de euros.