Ter um automóvel clássico já não é um luxo, uma herança, uma peça valiosa de colecção ou pura e simplesmente um regresso a um passado carregado de saudosismo.

Hoje ter um clássico é “trendy”! Está na moda!

Numa altura em que a discussão anda à volta dos veículos movidos a energia eléctrica, autonomia, postos de carregamento, fila (para carregar a bateria) gasóleo, gasolina, híbrido, gpl, existe algo que nos faz esquecer tudo isto quando vemos passar um Citröen DS 20, um Fiat 600, um Ford Capri, até mesmo um Opel Rekord 1900. Nem falamos de grandes ícones dos automóveis clássicos, tirando o verdadeiro “Boca de Sapo”, carregado de história, mas sim de verdadeiras peças da nossa memória que nos transportam para um tempo onde o consumo de combustível não era um problema e o domingo era “O dia”. Aquele dia de sair, de mostrar o automóvel dos nossos pais, dos nossos avós, dos nossos tios!

Quem pode, quem tem esse privilégio e quem pretende manter vivo um pedaço da sua história valoriza e almeja ter um veículo clássico.
Começa por adquirir um veículo do seu ano de nascimento, por exemplo. Restaura-o e não vê a hora de levar a apanhar sol, mostrá-lo aos seus amigos, levá-lo ao casamento do sobrinho.

Quando dá conta, o clássico só não é o automóvel do dia-a-dia porque não se pode estragar e desperdiçar as horas de aprimoramento da pintura e da procura de peças há muito perdidas.

A cada dia que passa, a procura por veículos clássicos aumenta, seja para investir, rentabilizar ou simplesmente ter. O clássico nunca desapareceu, mas está para durar e é hoje, mais do que nunca, “trendy” e será para sempre um verdadeiro tesouro.

Marcos Santos / Jornal dos Clássicos