Os piores nomes de automóveis de sempre

17/06/2020

Desde o início da produção automóvel que os seus fabricantes atribuem nomes aos modelos para haver diferenciação entre eles. Nos primórdios os nomes eram referentes aos seus motores e especificações mas mais tarde, e como acontece hoje em dia, passou-se a dar nomes bastante diversificados. Muitos desses nomes são de cidades, outros de personagens mitológicas, há uma grande variedade, mas alguns parecem que não foram pensados e outros que até podem suar bem no país do fabricante, mas não ficam lá muito bem noutros mercados. Nós até temos o exemplo recente do Hyundai Kauai, que fora do nosso mercado se chama Kona, ou até do antigo Opel Ascona. Apresentamos-lhe os dez automóveis cuja atribuição do nome não foi muito feliz.

AMC Gremlin

A American Motors desenvolveu um modelo para rivalizar com o Ford Pinto e o Chevrolet Veja, dando-lhe o nome de Gremlin. Mas Gremlin significa “pequeno gnomo”, o que não é o melhor nome para dar a um automóvel. Com design hatchback, revolucionário para a época, a AMC lançou o Gremlin em 1970 e foi produzido até 1978. Vários motores equiparam este modelo, de seis cilindros em linha, V8 e até um quatro cilindros da Volkswagen.

Daihatsu Charade

A Daihatsu deu o nome de Charade ao seu modelo de entrada. Charade define-se como “um acto ou pretensão vazia ou enganosa”, ou seja, não seria um bom nome para um automóvel. Mas o que é certo é que até vendeu bem. Foi produzido de 1977 a 2000 e incorporava um motor em alumínio de três cilindros com 993 cc, que na versão desportiva GTti adicionava um turbo, para obter 101 cv. Conquistou o título de Automóvel do Ano em 1979, no Japão.

Ford Ka

O Ford Ka foi lançado em 1996, sendo o modelo citadino da gama e o nome dever-se-ia pronunciar “cat”, mas tem outras formas de pronunciar, inclusivamente a Ford utiliza várias. Os plásticos pretos na frente e traseira servem para facilitar as reparações, pois é normal existir toques no trânsito da cidade.

Ford Probe

De 1988 a 1997 a Ford comercializou um coupé designado de Probe, para substituir o Capri, mas nunca conseguiu obter sucesso, possivelmente devido ao seu design e ao ter tracção dianteira, mas também pelo nome pouco apelativo. Foi construído em colaboração com a Mazda, partilhando muitos componentes com o Mazda MX-6. As versões GT tinham os melhores motores, a primeira geração estava equipada com motor turbo de 147 cv e na segunda geração com um motor V6 de 166 cv.

Mitsubishi Minica Lettuce

A Mitsubishi lançou o Minica Lettuce em 1989, altura em que a indústria automóvel japonesa estava a aumentar significativamente. O motor estava limitado pelas regras dos “kei cars” e por isso tinha só 550 cc e 46 cv. Este foi um modelo pensado para as mulheres conduzirem no meio do trânsito e para uma maior versatilidade, por isso mesmo, do lado do passageiro tem duas portas e do lado do condutor tem somente uma, algo que foi replicado anos mais tarde com o Mini Clubman e o Hyundai Veloster. Da gama Minica era dos modelos melhores equipados, com travagem melhorada, assim como o interior, além da tracção integral, direcção assistida, bancos e vidros eléctricos. De referir que Lettuce, significa alface em português.

Nissan Cedric

O Nissan Cedric foi introduzido em 1960 e apesar do nome, foi um modelo bastante popular no Japão. O nome provém da literatura, inspirada na personagem principal, o Cedric, no romance Little Lord Fauntleroy, de Frances Hodgson Burnett. Esteve em alguns mercados de 1960 a 2015, nas carroçarias coupé de duas portas e berlina ou carrinha de quatro portas.

Renault Le Car

No final dos anos 70, devido à crise do petróleo, as pessoas estavam mais preocupadas com os consumos e assim começaram a aumentar as vendas dos automóveis mais modestos. A Renault vendia o seu best-seller na Europa, o Renault 5 e viu a oportunidade de tentar o mercado norte americano, mas lá o pequeno automóvel era vendido como Renault Le Car. Apesar do sucesso no velho continente, o mesmo não se pode dizer do mercado americano, onde esteve à venda de 1976 a 1983. O motor era um 1397 cc de quatro cilindros em linha, com uns meros 55 cv e que em 1980 passou para os 51 cv.

Studebaker Dictator

A Studebaker lançou o modelo Dictator em 1927, numa altura em que os maiores ditadores, como Hitler ou Stalin, estavam a ganhar força e a querer tomar conta do mundo. O nome Dictator foi dado pois a Studebaker queria ditar o padrão dos automóveis acessíveis, ou seja, “dictate the standard” e assim completava a sua gama “política” pois já havia o Studebaker President e o Chancellor. O nome Dictator não foi utilizado em países sob o controlo do Reino Unido, nesses o nome era Director. Em 1937 o modelo foi actualizado, passando ser designado por Commander. O Dictator era um modelo barato, que poderia vir com motores de seis ou oito cilindros e uma variada gama de carroçarias, desde coupé, descapotável, a sedan de duas e quatro portas.

Subaru Brat

Construído de 1978 até 1993, o Subaru Brat é um automóvel estranho logo à partida, pois é um coupé de duas portas, mas também é uma pickup de dois lugares, com tracção integral e tejadilho T-top. O nome é o acrónimo de Bi-drive Recreational All-terrain Transporter. Na Austrália foi vendido como Subaru Brumby e no Reino Unido como Subaru 282. Na América do Norte, devido a vantagens nos impostos, os Subaru Brat até 1985 vinham com dois bancos na caixa de carga voltados para trás, de modo a ser taxados por veículos de quatro lugares.

Volkswagen Thing

Entre 1972 e 1975 a Volkswagen decidiu brindar os americanos com uma “coisa”, literalmente, lançando naquele mercado o Volkswagen Thing. Um pequeno veículo descapotável e com algumas capacidades todo o terreno com base no Volkswagen Beetle. Foi um veículo desenvolvido inicialmente para uso militar tendo recebido o nome Type 181, mas foi posteriormente vendido como um automóvel de praia. O motor também era o mesmo do Carocha, um quatro cilindros boxer com 55 cv.