Petrolicious à venda depois de comentários racistas do seu fundador

13/07/2020

Qualquer entusiasta por automóveis conhece a Petrolicious, uma plataforma que ao longo dos anos tem vindo a crescer a olhos vistos, seja pelos seus magníficos artigos, seja pelo seu canal de Youtube, com filmagens e histórias soberbas.

Afshin Behnia imigrou do Irão para os EUA em 1979, iniciando a sua carreira na área da tecnologia. Em 2011 vendeu a sua startup e, em conjunto com a sua mulher Kika Vigo-Behnia, antiga executiva da Disney, iniciou a sua nova marca, perseguindo a sua paixão por automóveis da Alfa Romeo. Construiu a Petrolicious, inicialmente como um simples site, para produzir conteúdo de automóveis clássicos, com um crescimento muito rápido, ajudado pelo facto de ter nascido o canal de Youtube, com um conteúdo diferente. Pouco tempo depois, inicia-se a plataforma de venda de automóveis clássicos, seguindo-se os produtos da marca, patrocínios e organização de eventos.

Mas agora, Behnia colocou a marca à venda, tudo devido a comentários menos próprios nas redes sociais, sobre o racismo. Além disso, a repercussão do problema levou a que várias marcas deixassem de patrocinar a Petrolicious, como é o caso da Turtle Wax e o eBay Motors, assim como a Hagerty, além de muitos seguidores que desistiram da subscrição. Assim, a Petrolicious está à procura de um novo CEO, tendo Behnia admitido que já anda em conversações há cerca de 12 meses com potenciais compradores, indicando que pretende manter-se na companhia.

Não só o site em si está a ter consequências, a Petrolicious mandou um email a todos os seus fornecedores dizendo que não aceitará mais encomendas dos seus produtos, estando as vendas suspensas até existir um novo CEO.