Radford: a hitória da carrozzeria de Bentley e Rolls-Royce

13/08/2021

A história da marca Redford começa com o seu homónimo Harold Radford. Em 1935, Radford pediu dinheiro ao seu pai para começar o seu próprio negócio de automóveis em Kensington. Em pouco tempo Harold Radford & Co obteve sucesso como revendedor de automóveis, com showrooms repletos de Rolls-Royce, Bentleys, entre outras marcas de prestígio.

Apenas um ano depois da inauguração do seu stand, Radford começou a modificar automóveis, seguindo requisitos específicos a pedido dos seus clientes. Em pouco tempo modificou automóveis de turismo para festas de tiro em grandes propriedades. Durante a Segunda Guerra Mundial ficou encarregue de uma frota de 250 automóveis para o Mechanical Transport Corps.

Harold Radford afirmava que tinhas as suas melhores ideias enquanto tomava banho, e quando a guerra terminou, não conseguia deixar de pensar em alterar o interior dos automóveis para optimizar o espaço desperdiçado.

Quando a guerra acabou, a curiosidade e inovação despertada fez com que este empresário tentasse aproveitar o máximo de espaço no interior dos veículos. Esta fixação levou ao lançamento de uma série de conversões levadas a cabo em Bentleys (também o fazia em modelos da Jaguar e Humber) para o conceito de “Countryman”. Segundo Harold, este conceito definia “algo que era útil e prático para determinadas alturas do ano”, e incluía a criação e aplicação de suportes para as canas de pesca, uma mesa desdobrável de piquenique, assentos para a realização do mesmo.

Apesar do aparente sucesso da marca, após o falecimento do pai, Radford viu-se dividido entre a empresa da família pela qual ficou responsável e o seu próprio projecto. Decidiu vender as suas acções a uma empresa de transporte de Hampshire. Harold Radford rapidamente passou de Director, a apenas um consultor.

A empresa ganhou fama através do superluxuoso Mini Radford, que contava com o interior em couro, bancos luxuosos, vidros elétricos, entre outros.

Depois deste grande sucesso a empresa ganhou um contrato para produzir os assentos e o interior do Ford GT40 de estrada, começou a transformar alguns modelos em descapotáveis, entre os quais o Volvo P1800 e o Jaguar 420 e executou alterações de luxo em automóveis como o Citroën DS Safari, Alfa Romeo GTV e Vauxhall Cresta. Devido à mal gestão de recursos a empresa acabou por falir em 1966.

Harold Radford faleceu em 1990, e desde a sua morte já foram efectuadas duas tentativas para relançar a sua marca. A primeira foi em 1992 com uma série de modificações no clássico Mini. A segunda tentativa ocorreu em 2005 com uma transformação avaliada em 30 mil libras do Mini fabricado pela BMW.

A terceira tentativa surge agora pela a iniciativa de Roger Behle, Mark Stubbs designer de automóvel, Jenson Button a lenda da Fórmula 1 e Ant Anstead especialista em automóveis clássicos. Confiantes que podem trazer de volta a mistura de habilidade e contactos de Harold, apresentam o Lotus Type 62-2 com modificação Radford. O modelo conta como um baixo peso, um motor V6 de 3,5 litros e uma mistura de conforto para automóveis de longa distância e engenharia de carros de corrida.