A Metosul, sedeada em Espinho, foi a pioneira dos automóveis em metal à escala 1/43, em Portugal. A produção, que se iniciou em 1965 com um Renault Floride, integrou verdadeiras peças da história do automóvel em Portugal, ao produzir os táxis que apresento hoje – nas versão cidade e “aluguer” – mas igualmente autocarros, camiões de companhias nacionais como a Sonap, Sacor, EGT, ou de organismos oficias e militares, para além de viaturas de polícia.
O molde utilizado foi obtido a partir do modelo alemão Gama, que reproduzia um 220 SE, que a firma nortenha, com alguma imaginação, transformou no 190/200, mais utilizado por cá. O modelo 190 tem a matrícula HI-965, que indica a data do início da produção e certamente o HI de Henriques & Irmão, a sociedade que produzia os Metosul. O 200 possui a chapa HI-966.
O 190D tem piscas laterais junto às portas como o modelo original, fazendo o radiador e os para choques parte da carroçaria. Na versão 200D são introduzidas estas peças em plástico cromado, frágil, pelo que é usual encontrar estes modelos sem a estrela e sem bocados ou a totalidade dos para choques. Os piscas acompanharam a evolução do modelo real e passaram para a frente.
Existem diversas versões de jantes, detalhes pintados, tipos de letras e decalques, incluindo até as letras táxi no tecto escritas a verde ou encarnado, como indicação de livre ou ocupado. Os Metosul começam, timidamente, a aparecer em colecções por esse mundo fora e particularmente algumas versões mais raras destes modelos, como os 190D, produzidos apenas durante um ano, podem atingir valores na casa dos 150/200€, enquanto os modelos mais correntes se podem ainda encontrar no patamar dos 50/60€. Curiosamente, este modelo serviu ainda para produzir um táxi de Amesterdão, certamente por influência do distribuidor da Metosul para a Europa localizado na Holanda (100€).
José Andrade/Jornal dos Clássicos
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