Na década de 70, Escobar participou na Copa Renault 4 da Colômbia, e depois de apenas 6 corridas, classificou-se em segundo lugar no ranking do campeonato. No entanto, pode não ter sido apenas a pura vontade e entusiasmo que o levou até este feito. Enquanto todos os Renault R4 que participam no campeonato estavam supostamente em pé de igualdade, de acordo com as especificações destas corridas, nem todos estavam a cumprir o regulamento. Provavelmente, por pura coincidência ou não, as posições em que Escobar ficou para trás devido a um ritmo mais lento nas curvas foram facilmente recuperadas nas rectas, onde o seu Renault era visivelmente mais rápido. Nada foi provado, é claro, porque quem niguém quis correr riscos de vida desnecessariamente.
O Renault 4 era originalmente alimentado por um motor de 24 cavalos de potência e a sua suspensão nunca foi destinada a corridas, por isso não demoraria muito antes que Pablo Escobar começasse a ambicionar máquinas mais poderosas. Posteriormente, competiu a bordo de um Porsche 911 RSR 1974 – o mesmo carro que originalmente competiu nos Estados Unidos com Emmerson Fittipaldi na série ’74 IROC, bem como por alguns anos nas mãos de diferentes pilotos na competição IMSA.
É do conhecimento geral que a corrida de automóveis são dos desportos mais caros para participar, mas é seguro dizer que Escobar tinha todos os recursos para isso, e talvez um pouco de habilidade também (com uma quantidade considerável de ajuda de funcionários de inspecção que eram os seus amigos íntimos). Apesar do seu percurso de vida ter tido vários momentos deploráveis, e o dinheiro ter sido ganho de uma maneira bastante questionável, também temos que salientar que parte do seu dinheiro direccionado para este desporto.
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