10 Semanas, 10 Filmes com Motos: 3º Ghost Rider

27/07/2022

Ghost Rider

Este filme, de 2007, teve depois sequelas, mas vamos ficar-nos apenas pelo original. Aliás, é prática comum no cinema que, quando um produto resulta bem, produzir depois sequências do mesmo, muitas vezes até com o mesmo leque de atores…

Johnny Blaze é um duplo famoso pelas suas acrobacias com motos, fazendo algo que nunca foi feito antes, sendo aqui interpretado pelo talentoso e muito flexível Nicholas Cage que, na minha perspetiva, tem aqui um dos seus melhores desempenhos. O fato de cabedal e aquele ar de mauzão atormentado “assentam-lhe como uma luva”!

Para proteger os que mais ama, em especial o seu pai à beira da morte, Blaze faz um trato com o Diabo (soberba interpretação de “Um Deus da Sétima Arte”, que também já vimos em Easy Rider, de nome Peter Fonda) e nem tudo corre bem.

Satanás decide que é chegada a altura de Blaze pagar o que deve e a maldição que paira sobre Blaze é isso mesmo: Durante a noite é condenado a andar sem destino, amaldiçoado, transformando-se num cavaleiro fantasma, de aspeto ameaçador, o Ghost Rider, que vai a todo o lado sempre montado na sua moto em chamas (Hell Cycle), para caçar “demónios extraviados” e que agora terá que enfrentar o filho de Satanás!

Destaque também para a sempre sensual Eva Mendes (Roxanne Simpson), para o amigo e companheiro Sam Elliot (Carter Slade) e o malvado Wes Bentley (Blackheart) que personifica o Mal, capaz de destruir o mundo e ao qual um atormentado Blaze tem que fazer frente. A direção do filme é de Mark Steven Johnson.

Sendo um filme com chancela da Marvel, cuja personagem já antes tinha surgido em banda desenhada, talvez fosse legítimo esperar mais, mas na minha perspetiva é um blockbuster sem demasiadas ambições que resulta muito bem, em especial por causa dos efeitos especiais e da própria banda sonora de Christopher Young. Muitas caveiras, imagens quase aterradoras, algum suspense, muito fogo, um pouco de terror e até uma boa dose de violência fazem parte do filme e dão-lhe um cariz especial.

Curioso que apesar de, supostamente, a história se passar na sua maioria numa cidadezinha do Texas, acabou por ser filmada na Austrália e que a Hell Cycle existiu mesmo e não foi apenas uma criação de computador, mas não vou escrever mais para vos “atiçar” a (re)ver o filme! Já agora, sugiro que reparem na Harley que Blaze conduz e vejam se não há por ali umas semelhanças com a “Capitão América” de Easy Rider