Estas são as novas Honda CRF450R e 450RX

15/07/2020

Em 2017, a Honda introduziu um novo modelo “cross country” pronto a competir na sua gama de modelos – a CRF450RX. E esse modelo tinha por base aspetos comprovados e renovados – como o motor e a ciclística da CRF450R de 2017 – o primeiro modelo de 450 cm³ de motocross totalmente novo em oito anos – com modificações que incluíam um depósito de combustível de maior capacidade, roda traseira de 18 polegadas e alterações ao nível dos mapas de injeção PGM-FI e das suspensões.

Para 2020 (e tal como a CRF450R), a CRF450RX recebe agora um novo pack de eletrónica quem vem aperfeiçoar ainda mais esta formidável proposta para o off-road , que é extremamente rápida e fácil de controlar durante os seus muitos anos de serviço fiável.

Juntamente com as otimizações nos mapas do sistema PGM-FI e do Controlo de Arranque do HRC, para 2020, a CRF450RX recebe um novo Sistema de Controlo de Tração Variável da Honda (HSTC), com 3 modos de condução para ir de encontro às necessidades dos diferentes tipos de condutor, do iniciado ao profissional, que permite gerir a potência para a roda traseira e não perder tração.

O quadro e o braço oscilante permanecem inalterados, mas podemos encontrar suspensões Showa com novas afinações de amortecimento em compressão. O travão traseiro recebe pastilhas em novo material de maior durabilidade e a caixa da bateria foi reposicionada.

O sistema HSTC da CRF450RX de 2020 minimiza a patinagem da roda traseira (reduz o desperdício de impulso para a frente) e maximiza a tração. O sistema não usa um sensor de velocidade da roda e mantém a sensibilidade do acelerador durante a gestão da potência do motor, algo sempre crítico; quando for detetado que a relação de alteração da rotação ultrapassou um determinado limiar, o sistema atrasa o ponto de ignição e controla o sistema PGM-FI.

Os três Modos disponíveis são diferentes porque oferecem níveis variados de gestão da tração, para fazer face às diferentes situações de condução.

Se o piloto carregar e mantiver carregado o botão HSTC durante mais de 0,5 segundos, o sistema percorre em ciclo os diferentes modos e o LED verde dá a indicação de qual o modo selecionado: pisca 1 vez para indicar o Modo 1, 2 vezes para o Modo 2 e 3 vezes para o Modo 3.
O sistema HSTC também pode ser completamente desativado. Quando se coloca o motor a trabalhar, o sistema “lembra-se” de qual foi o último Modo selecionado e usa-o.

O sistema de controlo de arranque HRC oferece ao piloto a melhor opção para os arranques mais poderosos e tem opção por 3 modos diferentes:
Nível 3 – 8.250 rpm, condução na lama/piloto inexperiente.
Nível 2 – 8.500 rpm, condução com piso seco/piloto básico.
Nível 1 – 9.500 rpm, condução com piso seco/piloto experiente.

O LED também indica qual o modo selecionado, mas desta feita, através de uma luz azul.

Os comandos e indicadores para o piloto – indicador do Controlo de Arranque, avisador EFI, botão do modo EMSB e indicador LED – estão todos no punho esquerdo, com uma unidade ao lado para o sistema HSTC.

O quadro dupla trave em alumínio da nova CRF450RX vai já na sua sétima geração e foi revisto ao pormenor em 2019; agora para 2020, este componente não foi alterado e mantém toda a sua rigidez lateral e de torção, oferecendo excelentes capacidades de curvar e de tração, mas aumentando a robustez nas guiadas (relação de yaw), melhorando ainda mais as capacidades de inserção e de saída das curvas.

O braço oscilante em alumínio oferece um equilíbrio mais rígido para complementar o quadro; a caixa da bateria está agora colocada 28,5 mm mais baixo para melhor centralização das massas. O ângulo da coluna da direção é de 27,4° e o eixo de arraste (trail) vale 116 mm, para uma distância entre eixos de 1.477 mm; o peso a seco é 110 kg e em ordem de marcha de 116 kg.

A nova forquilha Showa USD totalmente ajustável, com 49 mm e molas helicoidais é uma versão da forquilha de “fábrica” fornecida às equipas do campeonato japonês de MX. Para 2020 – e com o objetivo de melhorar as respostas nas travagens fortes – o diâmetro do furo “B” na ponta do veio ao amortecedor diminuiu de 2,4 para 1,6 mm, com a finalidade de aumentar o amortecimento em compressão a baixa velocidade.

Do mesmo modo, o êmbolo do amortecedor traseiro Showa levou uma revisão ao nível das válvulas, para aumentar o amortecimento em compressão a baixa velocidade (e diminuí-lo a alta velocidade), dando ainda maior controlo à CRF nas acelerações fortes.

Instalado de série, o novo guiador Renthal Fatbar flexível e de baixo peso oferece o melhor conforto na pilotagem da CRF; a mesa superior permite trocar a posição dos apoios do guiador para mover o guiador para a frente ou para trás em 26 mm. Rodando os apoios a 180°, o guiador move-se mais 10 mm em relação à posição de origem, o que resulta em quatro posições de condução únicas.

Embraiagem hidráulica, finalmente! Muitos pilotos Honda dirão que já vem tarde. Derivada da instalada no modelo de competição, a Honda diz que melhora o controlo e o tato da manete, o seu uso é 10% mais leve, mantendo a consistência durante as condições mais agressivas de pilotagem.

O travão dianteiro da CRF recorre a uma pinça de dois êmbolos de 30 e de 27 mm de diâmetro; juntamente com o tubo de baixa expansão, esta pinça oferece uma potência de travagem forte e de alta sensibilidade. O travão trabalha num disco ondulado de 260 mm de diâmetro. Para o modelo de 2020, o novo material das pastilhas do travão traseiro permite aumentar a potência de travagem e a durabilidade na condução em pistas com lama, dispensando a necessidade de montar um resguardo no disco ondulado de 240 mm de diâmetro.

A autonomia potencial do depósito em plástico de 8,5 L é de 65 km e o descanso lateral de alumínio forjado recolhe-se para uma posição não obstrutiva quando não está em utilização. As linhas externas dos novos plásticos são suaves e ajudam o piloto mover-se facilmente; a área frontal mais estreita e o guarda-lamas dianteiro originam um “funil de ar” eficiente para o radiador.

O aumento no pico de potência e no binário que o motor Unicam de quatro válvulas e 449,7 cm³ da CRF450RX recebeu em 2019 foi significativo – mais 1,8 kW de potência às 9.500 rpm mais 2 N·m de binário às 7.500 rpm. Estes valores, no entanto, não foram conseguidos à custa de sacrifícios nas performances a baixa rotação, a partir das 3.000 rpm – na realidade, as prestações nesta faixa de rodagem também foram melhoradas.

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