Nascido a 21 de Outubro de 1987, Portela de Morais é profissional na área dos seguros, e homem de família, que aos 29 anos de idade vai cumprir o sonho de uma vida ao participar no Dakar.
Apaixonado como é pelas motos, Portela de Morais, tem como melhor resultado da sua curta carreira o 9º lugar na Baja de Portalegre deste ano. Agora para estar à partida do Dakar em Assunção no Paraguai, tirou férias para poder assim dar corpo ao sonho de realizar a dura prova de todo o terreno do Mundo.
Não sendo como diz, “piloto profissional”, Luís Portela de Morais que vive em Lisboa diz que: “Adoro as corridas, adoro ter bons resultados, mas a minha vida é trabalho, é a minha família; são o principal. Por trabalhar e por atingir os objetivos no dia a dia é que se calhar aparecem estas possibilidades de fazermos o que gostamos e seguir os nossos sonhos. Se estivesse parado em casa e não fizesse nada tenho a certeza de que as oportunidades não surgiam. Acredito que as oportunidades surgem por mérito. O trabalho e a família é o que nos dá mérito e diz se somos boas pessoas e se merecemos ou não as coisas”.
Apesar de a prova começar a 2 de Janeiro no Paraguai, Luís Portela de Morais só no próximo dia 29 deixa Lisboa rumo a Assunção é que para o piloto até à mudança do chip para o Dakar “o trabalho tem prioridade já que esta é uma altura de renovação de contratos de seguros e antes de seguir viagem tenho de deixar tudo pronto. Ou seja, vou adiar o máximo possível a ida para o Paraguai por causa do trabalho, porque, depois, a partir de 2 de janeiro, estou de férias, no Dakar”.
Depois de terminado o desafio do Dakar, Luís Portela de Morais voltará ao râguebi, que começou a praticar com sete anos e pelo qual chegou a ser internacional de Sevens em 2008. “Nunca consegui optar por nenhum dos dois, motos ou râguebi. A minha filosofia é conciliar tudo. Prefiro ser bom em ambos do que ser excelente num só. Se conseguisse ser excelente nos dois era sinal de que havia apoios de patrocinadores em Portugal. Nas motos felizmente tenho a ajuda do meu pai, porque é muito difícil viver disto”.
Virgilio Machado/Motosport