Warhawk: a primeira Curtiss em 105 anos e a última a gasolina

25/07/2018

Warhawk é o nome do modelo que irá fazer reviver a antiga marca de motos Curtiss. Trata-se da última a gasolina a ser produzida antes de a marca se concentrar apenas em motos elétricas. A Warhawk vai ser, por isso, uma “edição limitada” a apenas 36 unidades produzidas e colocada no mercado a preços de supercarros desportivos.

Já era do nosso conhecimento que a Curtiss Motorcycles estava a investir num futuro totalmente elétrico, com todos os seus investimentos agora direcionados para o desenvolvimento e produção de alguns das mais radicais e.roadsters que a indústria alguma vez viu. O seu novo modelo Zeus representa o primeiro passo no que esperamos se venha a tornar numa linha completa de motos elétricas, no entanto sentimos que era natural e justo mostrarmos a sua última máquina a gasolina, a Warhawk.

A Warhawk, certamente, apela à memória de outras motos que costumavam ser vendidas sob o emblema da Confederação. E isso porque a marca Curtiss é a nova “Confederada”. Existem várias semelhanças entre os dois projetos e a Curtiss diz que irão ajudar a facilitar a transição. Warhawk é a primeira máquina a exibir o logo da Curtiss em 105 anos, e é de facto um marco, pois representa o renascimento de uma marca antiga e o fim da era da gasolina para este fabricante também.

A Curtiss Warhawk tem um motor brutal, um V-twin de 2,163 cc que pode produzir 150 cv às 5.100 rotações e um pico de binário de 217 Nm às 2.000 rpm.

A cambota é uma unidade forjada de uma peça única com acionamento da árvore de cammes através de uma correia dentada. A eletrónica e a injeção de combustível vêm da Delphi e o corpo do acelerador é fornecido pela S&S.

A transmissão é uma caixa de 5 velocidades da Andrews com uma embraiagem hidráulica Bandit multi-disco.

O chassis da Warhawk é uma estrutura monocoque modular maquinada em alumínio, com um backbone tubular de 7 ”(17,8cm) que também serve como depósito de combustível de 16,2 litros, com os exclusivos painéis de vidro da Confederação. A suspensão dianteira de paralelogramo é equipada com um amortecedor Racetech de competição, totalmente ajustável na compressão para alta e baixa velocidade, pré-carga e hidráulico, complementado por um braço oscilante de alumínio do tipo cantilever com um amortecedor Racetech na traseira.

A Curtiss Warhawk pode alcançar os 265 km/h e o poder de travagem vem de dois discos dianteiros Aeronal de 230 mm onde atuam pinças radiais Aerotec de 4 embolos, ambas da Beringer. A roda traseira possui um disco perfurado de 240 mm e uma pinça de 2 embolos, também da Beringer. Ambas as jantes são de carbono, fornecidas pela BST.

Apenas 36 Warhawks serão fabricadas, cada uma custando uns “módicos” 105 mil dólares. Certamente que os colecionadores irão lutar para garantir uma unidade antes que as mesmas possam ser encontradas apenas em leilões, a preços ainda mais elevados.

Pedro Rocha/Motosport

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