Rali da Catalunha: Kris Meeke alcança a segunda vitória do ano

08/10/2017

Aos comandos de um Citroën C3 WRC, Kris Meeke regressou às vitórias no campeonato do Mundo de 2017. O piloto britânico já tinha ganho no México e agora estreia-se a ganhar em pisos de asfalto, no Rali da Catalunha. Meeke alcançou o triunfo na antepenúltima ronda do WRC e deixou o campeão do Mundo e líder do campeonato, Sébastien Ogier, em segundo, a 28 segundos de distância. No último lugar do pódio ficou o segundo piloto da M-Sport, Ott Tanak, que assim garante mais uma excelente operação para a estrutura de Malcolm Wilson no Mundial de Construtores.

“Isto não é uma questão de quantas vezes ficas KO. Tem mais a ver com as vezes que consegues levantar-te. Eu já tive de o fazer algumas vezes na minha carreira. Sempre soubemos que o carro era fantástico em asfalto. Este resultado mostra isso. Dá muita confiança a toda a equipa”, afirmou Kris Meeke mal selou a vitória no Rali da Catalunha.

O Rali da Catalunha, única prova disputada em pisos mistos do Mundial, começou de forma muito disputada. No primeiro dia, com seis troços em terra, houve três líderes diferentes. Começou Ott Tanak, e seguiu-se Andreas Mikkelsen. Mads Ostberg ainda foi primeiro mas o seu compatriota, agora na Hyundai voltou ao comando antes do dia terminar.

Pela negativa, Jari-Matti Latvala, que até venceu um troço, abandonou com uma fuga de óleo provocada por um choque no Yaris WRC. A Toyota optou por deixar o carro na assistência e já não voltar em Rally 2.

No segundo e no terceiro dias, a história foi completamente diferente. Em asfalto, o Citroën C3 WRC revelou-se extremamente competitivo. Kris Meeke mostrou-se muito forte e não cometeu qualquer erro. O britânico foi cavando um fosso face à concorrência que já hoje se revelou suficientemente grande para poder controlar os adversários à distância. Ainda assim, sai de Espanha com oito vitórias em classificativas (duas em terra e seis em asfalto) nos 19 troços realizados. O piloto da Irlanda do Norte mostrou, claramente, que foi a figura da prova.

Pela negativa esteve a Hyundai. A marca baseada em Alzenau inscreveu três carros e tinha como objectivo manter-se na luta pelos Mundiais de pilotos e construtores. O i20 WRC mostrou, mais uma vez, que é competitivo e Andreas Mikkelsen, que se estreou aos comandos do carro coreano, evidenciou uma rapidez que podia não ser esperada logo no primeiro rali. Inclusivamente, venceu um troço no primeiro dia e continuou a evolução positiva nos dias em que as especiais eram de asfalto. Mas o resultado não reflectiu a rapidez dos pilotos. No sábado, Sordo e Mikkelsen bateram praticamente no mesmo sítio e ficaram fora de prova com a direcção do i20 WRC partida. De regresso em Rally 2, concluíram o rali mas fora dos dez primeiros. Thierry Neuville ainda viu a sua situação pior. O belga também bateu e partiu a direcção do seu carro. Mas aconteceu no último dia e não somou qualquer ponto. Assim, os 17 pontos que tinha de desvantagem no Mundial em relação a Sébastien Ogier passaram para 36 quando faltam duas rondas apenas para o final da época.

Em quarto lugar, Juho Hanninen deu o melhor resultado à Toyota. Para o finlandês, a prestação, em particular, nos troços de asfalto, foi moralizadora. “Estive perto da melhor participação da minha carreira. É bom ver que consigo lutar com estes rapazes. Está a ser um prazer”, afirmou.

Mads Ostberg também terminou satisfeito com o quinto posto. Depois de ter lutado pela liderança, perdeu tempo e ficou arredado do pódio. Mas sentiu uma grande evolução positiva, em particular, em asfalto. “Foi um bom fim-de-semana. O meu último rali foi na Finlândia e aqui conseguimos ser novamente velozes. Liderámos na sexta-feira e desde aí temos aprendido bastante acerca do carro em asfalto. Já estou a pensar no Rali da Grã-Bretanha”, disse o norueguês.

No WRC2, Teemu Suninen (Ford Fiesta R5) conquistou a vitória e está na luta pelo campeonato. O finlandês deixou Jan Kopecky (Skoda) a 31,8s, enquanto Benito Guerra (Skoda) completou o pódio.