Salvador Sobral adora o carro…e detesta conduzir

15/05/2017

Salvador Sobral, o vencedor do Festival Eurovisão da Canção, disse em entrevista ao programa da SIC Alta Definição que “adoro o meu carro mas detesto conduzir”. É só mais um testemunho de que o automóvel não vai desaparecer. Como o conhecemos!

Salvador Sobral é a prova de que, na vida, nem tudo é “preto ou branco”. Por definição, faz parte da chamada geração X mas, em entrevista ao programa Alta Definição, da SIC, diz que “detesta redes sociais” e “adoro o meu carro mas detesto conduzir”.

Os céticos da condução autónoma bem podem refletir sobre as palavras de alguém que, por estes dias, está a deslumbrar o mundo. O “grande mestre do design automóvel, Chris Bangle, que revolucionou o estilo dos BMW, disse há não muito tempo que “o carro autónomo é a última machadada na paixão autónoma. É como um elevador que nos leva do ponto A ao ponto B. Alguém repara na marca ou no conteúdo de um elevador?”

Podem as palavras de Chris Bangle deixar-nos amargurados em relação ao futuro do automóvel. Mas a afirmação de Salvador Sobral obriga-nos a olhar mais longe e a ver que, afinal, como sempre aconteceu, o importante (fundamental) é reinventarmo-nos. Afinal, ninguém tem dúvidas de que o automóvel (seja de que forma for, tenha o conteúdo que tiver) terá sempre um lugar na vida de todos e de cada um de nós.

Indo, até, um pouco mais longe, verificamos, afinal, que mais do que um sinal de esperança, ou um farol que nos obriga a olhar noutras direções, a afirmação de Salvador Sobral apenas comprova os resultados de uma sondagem realizada há cerca de um ano em França, Alemanha e em Inglaterra (os maiores mercados na Europa) cujo resultado era claro: cerca de 60% dos jovens que responderam disseram que não pensam ter carta de condução mas não têm dúvidas de que querem e continuarão a utilizar o automóvel.

Os tempos estão a mudar e quando ouvimos alguém que interpreta os novos valores de uma geração falar da sua relação com o automóvel e com a mobilidade… é bom que prestemos atenção.