Após o anúncio da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, a representante dos fabricantes automóveis germânicos afirma que será necessário adaptar as metas europeias para conseguir manter a competitividade.

A VDA, a entidade que representa os fabricantes automóveis germânicos (os Grupos VW, Daimler e BMW), afirma que a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas deve dar origem a uma adaptação das metas estabelecidas para os fabricantes automóveis europeus. A organização germânica refere que a decisão de Donald Trump “torna inevitável que a Europa facilite uma política climática economicamente viável e eficiente em termos de custos para permanecer competitiva internacionalmente”.

Muitos podem ver nesta posição, expressa pelo Presidente da VDA, Matthias Wissman, um caso de oportunismo político, mas este representante dos fabricantes germânicos dá os seus argumentos. Para tal explica que de momento os custos da energia na Alemanha já são mais altos do que nos Estados Unidos, o que coloca a indústria automóvel local numa posição de desvantagem que se poderá acentuar com a saída dos americanos do Acordo de Paris. E segundo afirma, “a manutenção da nossa posição de competitividade é uma pré-condição para o sucesso da proteção do clima. A correlação é muitas vezes subestimada”. Apesar dos esforços deste lobby, a ideia de adaptação das metas ambientais europeias não deve seguir para a frente, pois a própria Chanceler Angela Merkel afirmou que não irá alterar a posição assumida pelo seu país quando ratificou o Acordo de Paris.

Fonte: Automotive News Europe