Mesmo pesando mais de duas toneladas, a segunda geração do Audi Q7 tem, nesta versão mais fraca, uma boa prestação, inclusive quando esgotamos os 7 lugares, uma opção que serve que nem uma luva as famílias mais numerosas e tão mais endinheiradas, já que a versão mais “pobrezita” custa 80 mil euros!
No caso da versão ensaiada os extras atiram o preço para uma fasquia superior a 100 mil euros. Seja como for, algumas opções valem a pena. É o caso da terceira fila de bancos comandada eletricamente, por mais 1655 euros, e da suspensão pneumática (2440 euros) que elimina o efeito dos pisos mais irregulares no conforto.
Este também é valorizado por uma qualidade de construção irrepreensível graças à utilização de uma plataforma totalmente nova. A sua condução é tão agradável que só nos lembramos das suas avantajadas dimensões exteriores quando queremos estacionar ou quando circulamos por ruas estreitas. Tirando essas situações até parece que estamos a conduzir um Audi A4. Os 218 CV do motor V6 TDi provaram ser mais que suficientes, inclusive quando escolhemos o modo confortável do sistema Audi Drive Select.
Essa escolha faz-se através de um botão muito simples colocado no tablier de linhas direitas. A função “offroad” permite-nos entretanto sair de estrada e enfrentar os terrenos mais difíceis com grande desenvoltura graças a uma gestão inteligente do sistema Quattro, à caixa tiptronic de 8 velocidades que nunca nos deixa ficar mal e a uma altura ao solo que sobe instantaneamente. Impressionante é também a resposta em estrada quando selecionamos o modo dynamic.
Os consumos é que andaram sempre longe dos 5,5 l/100Km. O mínimo que conseguimos foi uma média de 9 l/100 Km. E para isso é necessário ter uma condução muito suave e usar todas as capacidades de um binário que alcança os 500 Nm (sim é verdade) logo às 1250 rpm. Este é talvez o maior segredo deste motor e a razão pela qual os 218 CV chegam e sobram.Texto Marco António
Fotografia José Bispo
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