Donald Trump não perde uma oportunidade para fazer, a favor do protecionismo económico que está a implementar, afirmações polémicas relativamente aos seus aliados. Após a recente confrontação relativamente às tarifas aduaneiras do alumínio e aço, agora foi a vez de afirmar que os japoneses têm um teste de segurança que visa dificultar o acesso a estrangeiros, como os americanos, a este mercado. Numa declaração efetuada durante um jantar de angariação de fundos, o sucessor de Barack Obama afirmou que apesar dos carros americanos cumprirem todas as normas de emissões vigentes em solo nipónico existe um teste de segurança com bolas de bowling que serve para enganar os fabricantes dos Estados Unidos.
A responsável de comunicação da Casa Branca já veio afirmar que o seu líder estava “obviamente a brincar”, mas a verdade é que Trump foi até bastante explícito na descrição do procedimento deste teste de segurança com bolas de bowling. “Eles pegam numa bola de bowling a seis metros de altura e deixam-na cair sobre o capot do carro. Se ele ficar amolgado, o carro não passa. é horrível”. Esta situação permite, no entanto, constatar as diferenças nos padrões de segurança exigidos para a proteção de peões nos Estados Unidos e em outras áreas do globo, como o Japão e a Europa. E até existem outros motivos muito mais razoáveis que explicam a dificuldade dos fabricantes americanos no mercado nipónico. A principal razão apontada para o seu insucesso até é facilmente compreensível, e tem a ver com as dimensões dos veículos, já que os clientes do ‘País do Sol Nascente’ preferem carros mais curtos e que, por isso, se manobram e se estacionam com maior facilidade nos grandes centros urbanos.