Koenigsegg Jesko com os 500 km/h ali tão perto

06/03/2019

Batizado com o nome do pai do líder da marca sueca, o Koenigsegg Jesko aumenta ainda mais os níveis de performance do multirrecordista Agera RS.

Quando a Koenigsegg anunciou o fim da produção do Agera RS, com os modelos Thor e Vader, a grande pergunta que se levantava era o que poderia a marca fazer a seguir. Afinal, este foi o modelo que se destacou da concorrência (algo incrível quando se fala nos mais extremos superdesportivos) e que passou um ano a fazer corar de vergonha os responsáveis pelo Bugatti Chiron. Agora chegou a resposta, e no estilo habitual da marca sueca, elevando ainda mais os patamares das performances com o novo Koenigsegg Jesko.

Este modelo foi batizado com o nome do pai de Christian von Koenigsegg, que é o fundador e líder da marca, e apresenta algumas particularidades. Desde logo no seu V8 twinturbo, que recebeu a cambota mais leve do mundo (uma cambota plana [flat-plane] com apenas 12,5 kg), nova admissão, turbos maiores e uma pressão do ar para o motor controlada com maior precisão. O resultado é um upgrade na potência para os 1280 CV. Que, se lhe parecer pouco, pode elevar aos 1600 CV recorrendo ao combustível E85. O binário máximo é de 1500 Nm, às 5100 rpm, mas a marca afirma que ele se mantém sempre acima dos 1000 Nm numa faixa entre as 2700 e as 6170 rpm. Quanto a prestações, o Jesko será capaz de superar a barreira das 300 mph, ou seja, 482 km/h.

Outro dos destaques é a nova transmissão de baixo peso LST com nove velocidades. Com capacidade de ligação direta entre qualquer mudança “quase à velocidade da luz”, afirma o fabricante nórdico, isso significa que é possível passar diretamente de 7ª para 4ª velocidade sem necessidade de engrenar a 5ª e 6º. O que garante que o motor pode trabalhar sempre continuamente no seu intervalo ótimo de funcionamento. Outra vantagem está no facto de, ao contrário das alternativas habituais que pesam cerca de 140kg, a LST equipada no Koenigsegg Jesko apenas acusa 90kg na balança.

O monocoque em fibra de carbono ficou 40mm mais comprido e 22mm mais alto que no Agera RS, mas sem impactos negativos na rigidez estrutural. Isso permitiu à marca concentrar esforços em afinar a suspensão para máximas performances, sem necessidade de encontrar um compromisso com o chassis. Mantendo e melhorando os triângulos alongados, algo inspirado na F1, é referido que os amortecedores da Ohlins também ajudam na incessante busca pelas máximas performances.

Falando dessa adrenalina de andar cada vez mais rápido, também o eixo traseiro direcional foi otimizado com isso em vista. Tudo começa com sistemas que avaliam em permanência parâmetros como a velocidade das rodas, o ângulo do volante, as acelerações laterais e longitudinais e a velocidade do motor, entre outros. Isso permite às rodas traseiras rodarem até 3º, garantindo uma velocidade em curva superior e uma condução mais ágil, precisa e estável. E, o melhor de tudo, andar mais rápido!

O Koenigsegg Jesko acolhe “o pack aerodinâmico mais agressivo de sempre” da marca. Algo que fica bem demonstrando pela asa traseira de perfil duplo, que recorre apenas a um apoio central. Ela é uma importante ajuda para que este desportivo supere os 1000kg de downforce quando atinge os 275km/h. Um valor que, para que se perceba como este modelo está num nível altíssimo, supera em 30% o do Koenigsegg One:1 e em 40% os do Agera RS.

Um último destaque para as opcionais jantes em carbono. Elas apresentam um peso de somente 5,9kg na dianteira (20” x 9,5”) e de 7,4kg atrás (21” x 12”), ajudando no duplo propósito de reduzir o peso ao máximo sem impacto na rigidez estrutural. As jantes do Koenigsegg Jesko surgem envolvidas pelos mesmos Michelin Pilot Sport Cup 2 usados pelo Agera RS quando obteve cinco recordes mundiais.

Apesar de ser um automóvel pensado para ser guiado sempre no redline, não é por isso que o Koenigsegg Jesko surge totalmente despido de comodidades. Por exemplo, a marca conta com um ecrã para o infotainment, que agrega diversas funções e que acompanha o painel de instrumentos digital. Mas, para que o condutor se sinta sempre entusiasmado para andar nos limites, a marca convida às “travessuras” com aquela chamativa bola verde onde todos se podem divertir a ver que forças-G conseguem atingir…

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