Lamborghini quer ser último nesta corrida

29/09/2017

Enquanto todos os outros fabricantes lutam por ser os primeiros a conseguir oferecer a condução autónoma nos seus automóveis, a marca transalpina quer chegar em último a esta solução de mobilidade

Para os fãs do mundo automóvel os desportivos são o verdadeiro pináculo da diversão ao volante e prazer de conduzir, máquinas de exceção que mostram toda a mestria das marcas. Mas este espetacular mundo tem vindo a ser ameaçado pela introdução da condução autónoma, uma solução que significa o domínio das máquinas sobre o homem. Mesmo que emblemas como a Audi já tenham anunciado que isto não significa a morte dos desportivos (levando um RS5 sem condutor a pistas como Hockenheim), alguns desconfiam. Agora uma marca junta-se “à resistência”, com a Lamborghini a confirmar que será o último fabricante a oferecer a condução autónoma.

O responsável de desenvolvimento de Sant’Aggata Bolognese, Maurizio Reggiani, explicou a (óbvia razão) para que o piloto automático não entre nos planos da empresa. “Se compras um Lamborghini é para te divertires e passares um tempo agradável a conduzi-lo”. Por esse motivo, Reggiani concluiu que “se falamos da verdadeira condução autónoma, creio que vamos ser os últimos a oferecê-la”. Esta afirmação reforça a ideia já deixada pelo CEO Stefano Domenicali em 2016, na apresentação dos planos da marca para o futuro. Apesar de não refutar assistências de segurança como a deteção no ângulo morto, cruise control adaptativo e apoio à manutenção de faixa (previstos para o Urus), o líder da marca do touro deixou bem claro o que pensa sobre a condução autónoma, referindo que “não consigo imaginar um Lamborghini com essas características”.

Nuno Fatela