O Mercedes Classe E Cabriolet que agora se despede era um dos melhores carros abertos do mercado mas o facto de tomar como ponto de partida a plataforma do Classe C explicava as duas principais lacunas que lhe eram apontadas: ausência de espaço e uma dinâmica com alguns ”ses”.
Não é pouco se dissermos que o novo Classe E Cabriolet “nasce” a partir da base mecânica com provas dadas na berlina, na Station e no Coupé. Esta escolha mecânica explica a evolução muito significativa registada em dois eixos essenciais: o espaço e conforto a bordo e a condução entusiasmante que este lindíssimo cabriolet nos oferece. A que se juntam – claro – outras características importantes para um modelo aberto do segmento premium, como a exemplar qualidade e uma aparência muito elegante sublinhada pela capota têxtil que, além de poder ser aberta e fechada em 20 segundos, consegue isolar totalmente o habitáculo da temperatura e do ruído exterior. O sistema Aircap que “canaliza” o ar sobre a cabeça dos ocupantes tem, também, um papel decisivo.
Ao receber as formas e a plataforma do E Coupé, isso significa que o novo Cabriolet cresceu no comprimento (123 milímetros), na largura e na altura, além de contar com uma maior distância entre eixos e vias mais largas. A ganhar sai o interior, principalmente, os ocupantes dos lugares posteriores que beneficiam de mais 10 centímetros para as pernas e de uma maior largura ao nível dos ombros. Sentámo-nos na traseira (o acesso a esses lugares faz-se sem problema) e asseguramos que este acréscimo é mesmo muito bem-vindo. E muito bem aproveitado, também, pelo compartimento de bagagem cuja capacidade ascende a 385 litros, sendo de destacar o facto de, mesmo com a capota recolhida, contarmos com 310 litros, ainda que não seja possível ali arrumarmos malas um pouco mais altas.
A bordo, além do espaço agora perfeitamente ajustado à utilização por parte de quatro adultos é importante salientar que a aerodinâmica da carroçaria e a posição dos bancos permite que mesmo com a capota aberta em autoestrada, a cerca de 140 km/h, consigamos ouvir música ou manter uma conversa em tom de voz perfeitamente normal.
O ambiente requintado, resultado dos revestimentos em couro e o equipamento completo, com todos os dispositivos que colocam os Classe E entre os automóveis mais evoluídos em termos de conectividade, segurança, dinâmica e prazer de vida a bordo, são outra das marcas do novo E Cabriolet. De entre essa infindável lista de equipamento destacamos os bancos com ventilação, bem como os dois ecrãs digitais de grandes dimensões que concentram as informações de condução e as funcionalidades de info-entretenimento. Já do lado da segurança, o E Cabriolet conta, por exemplo, com a travagem autónoma de emergência (com identificação de peões) a que se juntam o cruise-control adaptativo que monitoriza o trafego na frente e na traseira e ajusta a velocidade automaticamente. A suspensão pneumática está disponível em opção e o controlo dinâmico do chassis, como acontece no Coupé, permite-nos ajustar o comportamento, privilegiando a dinâmica ou o conforto.De referir que o Classe E Cabriolet está disponível apenas com a transmissão automática de nove velocidades e desempenho desportivo (rápida e muito precisa) o que a par de um chassis muito firme permite uma condução precisa e desafiante, sendo muito interessante a forma precisa como conseguimos inscrever em curva um automóvel que mede mais de 4,8 metros de comprimento.
O contributo da tração traseira (pela primeira vez é possível encomendar o E Cabriolet com tração integral 4Matic) é também determinante para a condução precisa e acutilante e, claro, a utilização dos motores mais evoluídos faz o resto.
O novo Classe E Cabriolet chega a Portugal em outubro. Principais características e preços na galeria de imagens.
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