Verdadeiro… e Falso - Como os carros estão mais seguros, a velocidade não tem impacto nos acidentes.
Sim, é verdade que houve uma enorme evolução e os carros estão mais seguros, que as estruturas de deformação e dissipação das forças do embate são mais eficazes. Agora pensar que significa que podemos acelerar desenfreadamente… não é verdade.
A DGT explica que a energia cinética, que depende da velocidade do carro, a 100 km/h é superior em 23% a um que circule a 90km/h.
Falso - As medidas contra a velocidade apenas servem para cobrar mais impostos e multas.
O modelo Nilsson, amplamente usado no meio académico, mostra que o aumento de 1% nos limites de velocidade aumenta em 2% a quantidade de acidentes com lesões dos ocupantes, em 3% dos que têm registos graves e em 4% daqueles onde ocorrem vítimas mortais.
Falso - Ao reduzir a velocidade há mais engarrafamentos e mais perigo nas ultrapassagens.
Com maior proximidade entre os limites de velocidade dos ligeiros e pesados, reduz-se a necessidade de ultrapassagens (até porque para o fazer torna-se necessário infringir a lei). E, dessa forma, reduzem-se as manobras perigosas.
Falso - Se estou sozinho na estrada, não há perigo de andar mais rápido
As estatísticas espanholas (como em muitos outros países) mostravam que 39% das pessoas que morreram nas estradas acabaram por perder a vida em acidentes sem outras viaturas implicadas. E muitos deles com saídas de estrada, casos em que a velocidade a que isso acontece pode ser a diferença fulcral
Falso - Nunca tive qualquer acidente, estou seguro
Na verdade, trata-se de falsa perceção, uma autoconfiança exacerbada que pode dar muito mau resultado.
As autoridades espanholas afirmaram que apesar destes condutores dizerem que não há qualquer diferença, que estatísticas do Reino Unido mostram que o risco de falecer em acidentes a 96 km/h é de 92%, contra apenas 65% ao circular a 80 km/h. Independentemente de terem tido acidentes anteriores ou não...
Falso - O problema não é a velocidade… são os maçaricos ao volante.
Mais um caso de autoconfiança excessiva. Até os condutores mais talentosos podem cometer erros ou sofrer com algo inesperado (por exemplo, um furo num pneu) e nesses casos seguir a uma velocidade mais controlada pode permitir controlar o carro.
Verdadeiro e Falso - O problema não é a velocidade, são as estradas.
É verdade que muitas estradas já viram melhores dias, e isso tem impacto na segurança rodoviária. Mas é sempre fulcral adaptar a condução às condições da via, seja porque ela tem buracos, por está molhada, em outras, etc…
Depende… - É preciso mais polícia visível nas estradas.
Vários estudos mostram que existe uma correlação efetiva entre encontrar viaturas policiais na estrada (ou mesmo nas laterais a autuar outros condutores) e o cumprimento dos limites de velocidade.
Até o reforço da presença policial durante as operações realizadas pelas autoridades demonstra isso. Mas não existe ainda uma quantificação efetiva sobre qual a presença necessária de autoridades e a redução da sinistralidade. Mas que os condutores reduzem a velocidade… reduzem!
Com a Espanha a seguir o exemplo francês e reduzir os limites de velocidade em determinadas vias, circularam entre os nuestros hermanos alguns rumores e mitos sobre a velocidade. Saiba agora quais se confirmam e quais não…
As autoridades fartam-se de avisar: a velocidade é uma das principais causas dos acidentes. Mas continuam a existir muitas ideias pré-concebidas em redor desta frase marcante, que agora a Direção Geral de Trânsito espanhola procurou desmentir.
Esta iniciativa surgiu no momento em que as autoridades deste país se preparavam para reduzir os limites em determinadas ‘carreteras’, e agora mostramos-lhe agora a resposta a vários mitos sobre a velocidade com base nos dados dos nuestros hermanos e de outras fontes…
