Apesar de não existir procura junto da marca para um desportivo apenas com motores elétricos, o próximo Pagani contará com esta versão em conjunto com aquela equipada com um V12 fornecido pela AMG

A Pagani é um verdadeiro exemplo de que não é preciso fazer muito, é preciso é fazer bem. Como comprovam as 140 unidades fabricadas do Zonda desde que estreou há duas décadas, tal como o muito exclusivo e bastante procurado sucessor, o Huayra. Agora a casa italiana prepara um novo modelo, desenvolvido internamente sob o nome de código C10, de que foram apresentadas informações no Salão de Genebra.

Horacio Pagani, o fundador e líder da marca, revelou que o próximo Pagani deverá contar com duas versões distintas. A primeira mantém o V12 fornecido pela AMG, com caixa manual, que tanto fascínio e diversão tem causado, mas terá a companhia de uma versão totalmente elétrica. Isto apesar de Horacio afirmar que não tem havido qualquer procura por um desportivo com estas características.

“Não têm existido potenciais clientes a procurar um modelo elétrico. Não há qualquer concessionário a pedi-lo, mas nós acreditamos nele. Acreditamos que será um grande desafio para nós, vai ajudar-nos a ser criativos, a ser muito proativos, a usar a imaginação. É um projeto bastante caro, mas acreditamos que é a coisa certa a fazer”.

Em termos de engenharia claramente é o peso das baterias o maior desafio, mesmo que a sua colocação sob o piso possa ter efeitos positivos na distribuição do peso e na obtenção de um centro de gravidade mais baixo. O que seguramente irá ajudar a melhorar o comportamento do próximo Pagani. Mas também em termos estéticos permanece uma grande dúvida. Com as quatro saídas de escape ao centro a serem uma das imagens de marca da Pagani, será que elas se vão manter apenas como apontamento de design nesta futura aposta?